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Volta do Mundial de clubes nasceu em festa do NBB e tentou Ibirapuera

Copa Intercontinental reunirá Pinheiros e Olympiacos, campeões da Liga das Américas e da Euroliga - Divulgação/Fiba Américas
Copa Intercontinental reunirá Pinheiros e Olympiacos, campeões da Liga das Américas e da Euroliga Imagem: Divulgação/Fiba Américas

Daniel Neves

Do UOL, em São Paulo

06/08/2013 06h00

O retorno da Copa Intercontinental, considerada o ‘Mundial de clubes’ do basquete entre os anos 60 e 80, teve origem no Brasil. Conversas durante o Jogo das Estrelas do NBB, disputado em março em Brasília, deram início ao movimento que culminou com o acordo entre a Fiba Américas e a Euroliga para a realização do torneio.

“Essa construção se iniciou em Brasília, durante o Jogo das Estrelas, e acabou saindo agora”, contou João Fernando Rossi, diretor de esportes olímpicos do Pinheiros. “Numa das conversas que tivemos com o Alberto Garcia [secretário-geral da Fiba Américas] questionamos que a Liga das Américas não levava a nenhum torneio. Ele começou a fazer essa costura e merece todos os créditos”.

Campeão da Liga das Américas, o Pinheiros enfrentará o Olympiacos, vencedor da Euroliga, nos dias 4 e 6 de outubro, em Barueri. Outros formatos de disputa, porém, foram estudados pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), que cogitou convidar os campeões da Ásia e da África para o torneio, o que acabou não se viabilizando.

Barueri também não foi a primeira opção dos organizadores do evento. O palco desejado para o retorno da competição era o ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, onde o Brasil conquistou seu único título mundial de clubes com o Sírio em final histórica em 1979.

“Era para ser no Ibirapuera, mas está lotado de eventos, sem datas. As outras opções eram Fortaleza, por causa de nosso patrocinador, ou Barueri. A Fiba achou melhor que fosse em Barueri, então ficou definido que acontecerá lá”, disse Rossi.

A Copa Intercontinental de clubes foi disputada entre 1966 e 1987, quando  acabou substituída pelo McDonalds Championship – torneio que teve nove edições e contava com a participação de equipes da NBA. Desde então, a Fiba tem acenado com a criação de um Mundial de clubes.

“É uma final de Mundial, pois tirando a NBA são as duas maiores competições de basquete do mundo. Até porque no mundo Fiba não existe a NBA, são entidades separadas. Tanto que quando o Miami Heat ganha o título, falam que são campeões do mundo”, opinou Rossi.

OPINIÃO DE FÁBIO BALASSIANO

  • Não há dúvida alguma que o basquete do Brasil passa por um excelente momento. Que todos possam surfar nessa onda – uma onda boa, tão rara por aqui há tanto tempo. Leia mais

Para conquistar o mundo, o Pinheiros não pretende fazer loucuras para reforçar seu elenco. O clube paulista, que contratou recentemente Jonathan Tavernari, aposta na mescla entre jovens promessas e atletas rodados do basquete interno, como Shamell e Morro. Trazer um nome de peso, porém, não está descartado.

“Passa pela cabeça sim. Agora que oficializou serão feitas reuniões, sentaremos com a comissão técnica, patrocinador e vamos ver o que dá para reforçar. Mas não tem nada pronto, temos bastante tempo”, disse Rossi.

“Estou muito emocionado. É uma honra, uma emoção que ficará na história do clube. Espero que possamos lotar Barueri, com um grande entretenimento esportivo nos moldes da NBA e da Euroliga no entorno do ginásio. É transformar o basquete como é lá fora, com a pessoa passando o dia se divertindo com a família”, completou o dirigente.