Desafeto na NBA, 'Kobe grego' é maior ameaça ao título mundial do Pinheiros
A maior ameaça ao título mundial do Pinheiros coleciona desafetos na NBA, é casado com uma miss e domina o basquete europeu nos últimos anos. Titular da seleção grega, o armador Vassilis Spanoulis chega ao Brasil com status de astro internacional e é considerado a maior arma do Olympiacos para a Copa Intercontinental, que ocorrerá em Barueri nos dias 4 e 6 de outubro.
Spanoulis foi o destaque do Olympiacos na conquista do bicampeonato europeu. Foi eleito MVP da Euroliga no último ano e escolhido o principal jogador das finais em 2012 e 2013, além de 2009, quando foi campeão com o Panathinaikos.
“Sentir-se imparável é algo muito legal, uma sensação indescritível”, disse Spanoulis em entrevista ao Marca. “Mas para poder dominar a quadra é necessário estar com tudo em cima e graças a Deus tive a sorte de estar saudável e sem problemas físicos”.
Com 30 anos, o grego considerado o melhor jogador da atualidade fora da NBA não quer saber de uma nova chance na liga norte-americana. Spanoulis atuou por um ano nos Estados Unidos, colecionou decepções e desafetos, e retornou à Europa para nunca mais voltar.
Em 2006, Spanoulis deixou a Grécia para atuar pelo Houston Rockets, que o havia adquirido em uma troca com o Dallas Mavericks no draft de 2004. Sua passagem pela franquia, porém, foi marcada pelos números ruins em quadra e pelo desentendimento com o técnico Jeff Van Gundy, que seria contrário a dar muito espaço no time para os novatos.
“Ele estava descontente com a reserva e me disse que era Tracy McGrady em seu país. Ótimo, respondi que McGrady era McGrady aqui e que teria que provar seu valor”, contou Van Gundy. “Ficava mal por ele, ele se sentia enganado. Ele foi seu pior inimigo em muitos aspectos”.
No ano seguinte, acabou trocado com o San Antonio Spurs, que enviou o argentino Luis Scola para Houston. Spanoulis, porém, jamais jogou pela outra equipe texana. Alegando motivos particulares, rompeu contrato para se transferir para o Panathinaikos, enfurecendo o técnico Gregg Popovich e dirigentes da franquia.
"Descobri que aquilo não era para mim. Não foi o momento adequado nem o time adequado. São coisas que passam, situações. Ali você começa do zero, não importa o que tenha feito antes. É duro", justificou o armador.
Se na NBA o desempenho foi ruim, Spanoulis se consolidou como astro do basquete europeu pelos maiores times da Grécia. Tem como arma sua força ofensiva, seja com excelente aproveitamento nos chutes de média e longa distância, nas infiltrações no ‘cinco contra cinco’ ou na utilização dos pivôs nas jogadas de pick and roll. Tais atributos o fizeram ser chamado de ‘Kobe europeu’ por torcedores e imprensa especializada.
“Assumo esse papel [de liderar o time] e tento motivar inspirar os demais pelo exemplo. Se o líder se esforça ao máximo é mais fácil que os demais o sigam. Cada dia busco transmitir a meus companheiros minha paixão por esse esporte e o que quero é sacar o melhor de cada um para poder ganhar”, comentou Spanoulis.
Pela seleção grega, o armador foi um dos destaques na histórica vitória sobre os Estados Unidos nas semifinais do Mundial de 2006. Ficou com a prata naquela competição, mas sagrou-se campeão europeu um ano antes.
Fora de quadra, Spanoulis adota o jeito pacato e gosta de aproveitar o tempo livre para viajar a sua cidade natal, Larissa. O armador é casado com Olympia Chopsonidou, vencedora de um concurso de miss na Grécia.
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