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Mortari pede por intercâmbios e diz que 'Papai Noel' não quis bi mundial

Daniel Neves

Do UOL, em São Paulo

07/10/2013 06h00

Campeão mundial com o Sírio em 1979, o técnico Cláudio Mortari viu o sonho do bi parar na boa atuação do Olympiacos, que venceu o confronto por 86 a 69, neste domingo, em Barueri. Emocionado, o veterano treinador de 65 anos não escondeu a frustração, mas mostrou-se resignado com a superioridade do time europeu.

“Vocês podem calcular para mim o que significaria um título dessa ordem, a importância disso, mas Papai Noel não quis dessa vez. Então vamos continuar nosso trabalho e vamos tentar nossa classificação mais uma vez na próxima Liga das Américas”, disse Mortari.

“Saio absolutamente feliz dessa competição por aquilo que demonstramos, pelo que tivemos como ousadia. Não nos inibimos, não nos acovardamos”, completou o treinador, ressaltando a postura de seus comandados.

Mortari admitiu a distância técnica entre os elencos do Pinheiros e do Olympiacos. Para o treinador, o basquete brasileiro necessita de maior intercâmbio com as grandes potências europeias para poder elevar seu nível e brigar de igual para igual em confrontos futuros.

“Há mais de 20 ou 30 anos uma equipe europeia não vem jogar no Brasil. [Nos anos 70 e 80] Jogávamos duas ou três vezes por ano contra equipes importantes da Europa, como Real Madrid, Barcelona, grandes times italianos. Você mantinha um intercâmbio constante e não tinha a distância que nós temos agora”, afirmou o técnico.

O veterano treinador acredita que, apesar da derrota por larga margem na segunda partida, seus jogadores saem fortalecidos do confronto. Para Mortari, o duelo serviu para dar maior experiência internacional a seus comandados visando as próximas competições.

“Você viu a dificuldade de alguns jogadores que brilham internamente e que não conseguem repetir isso internacionalmente. Foi importante para que esses atletas conheçam um pouco mais o jogo”, comentou Mortari. “Temos a nossa realidade e jogamos dentro dela. Não gosto de fazer comparações do basquete europeu com o brasileiro, pois cada um tem sua própria história e características próprias”.