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Nenê vê 'guerra' com Oscar, vaias e falha em 1º teste da NBA no Brasil

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/10/2013 06h00

Grande estrela e anfitrião do primeiro jogo da NBA no Brasil, Nenê foi cercado por jornalistas em todos os treinos, participou de evento com fãs e deu clínica para crianças carentes na comunidade do Alemão. No entanto, na visão da liga, o pivô do Washington Wizards falhou em seu grande teste no Rio de Janeiro.

E não foi nada relacionado ao seu desempenho apenas regular na derrota para o Chicago Bulls na Arena da Barra da Tijuca, no último sábado. Sem conseguir reverter uma imagem já desgastada no seu país de origem, o pivô ouviu milhares de vaias durante toda a partida e ainda protagonizou uma "guerra" com o maior ídolo do basquete nacional, Oscar.

Nos bastidores, membros do alto escalão da liga americana comentaram a frustração com as vaias. Por mais que já fosse esperada, a rejeição a Nenê manchou o jogo histórico da NBA. Os dirigentes ainda apostavam na simpatia da torcida brasileira com o atleta.

"Ficamos chateados, sim. É complicado. Mas acho que as vaias não foram para ofender, e sim para mostrar que a torcida quer vê-lo de volta na seleção", minimizou o diretor executivo da NBA no Brasil, Arnon de Mello.

"A NBA sempre teve essa vontade de se expandir pelo mundo. O processo no Brasil era embrionário, para daqui a uns três anos, mas conseguimos antecipar. Queremos massificar o basquete aqui no país. Para isso, precisamos de ídolos, jogadores identificados com a torcida. Vamos analisar as coisas", alertou o executivo.

Além das vaias, os comandantes da NBA não ficaram satisfeitos com a troca de farpas entre o pivô e Oscar. O ídolo defendeu o comportamento dos torcedores e fez duras críticas a Nenê.

"Ele quer falar de nação? Qual é o país dele? Sempre virou as costas para o Brasil", esbravejou o ex-jogador, que viu o camisa 42 do Washington Wizards responder.

"Isso não me abala, estou calejado. É coisa de gente egoísta, mesquinha e pobre de espírito", disse Nenê.

As polêmicas com o pivô do Wizards, porém, não devem tirar o Brasil da rota de expansão da NBA pelo mundo. No entanto, a liga já trabalha com outros nomes que possam assumir o papel de anfitrião nas próximas oportunidades.

Você acha que Oscar tem razão ao criticar jogadores brasileiros da NBA?

Unanimidade na alta cúpula da liga americana, Anderson Varejão, que não tem grande rejeição no Brasil, é o nome da vez. A NBA, inclusive, já admite estudar um confronto entre Cleveland Cavaliers, time do pivô cabeludo, e San Antonio Spurs, que tem o brasileiro Thiago Splitter e o argentino Emanuel Ginóbili.

"Vamos pensar com calma, mas é uma boa hipótese [confronto entre Cleveland e San Antonio] que temos. Estaremos buscando sempre um anfitrião e este jogo teria alguns, até pela proximidade de Brasil e Argentina", revelou Arnon de Mello.

'Crise' respinga em Leandrinho

Além de Nenê, outro brasileiro que não se saiu bem no duelo do último sábado foi Leandrinho. Mesmo sem jogar, o ala que está sem clube, recebeu muitas vaias ao ser anunciado no ginásio e deixou os dirigentes da liga assustados. Em um futuro próximo, dificilmente ele deverá figurar como anfitrião da festa que promete ocorrer com mais frequência.

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