Nenê vê 'guerra' com Oscar, vaias e falha em 1º teste da NBA no Brasil
Grande estrela e anfitrião do primeiro jogo da NBA no Brasil, Nenê foi cercado por jornalistas em todos os treinos, participou de evento com fãs e deu clínica para crianças carentes na comunidade do Alemão. No entanto, na visão da liga, o pivô do Washington Wizards falhou em seu grande teste no Rio de Janeiro.
E não foi nada relacionado ao seu desempenho apenas regular na derrota para o Chicago Bulls na Arena da Barra da Tijuca, no último sábado. Sem conseguir reverter uma imagem já desgastada no seu país de origem, o pivô ouviu milhares de vaias durante toda a partida e ainda protagonizou uma "guerra" com o maior ídolo do basquete nacional, Oscar.
Nos bastidores, membros do alto escalão da liga americana comentaram a frustração com as vaias. Por mais que já fosse esperada, a rejeição a Nenê manchou o jogo histórico da NBA. Os dirigentes ainda apostavam na simpatia da torcida brasileira com o atleta.
"Ficamos chateados, sim. É complicado. Mas acho que as vaias não foram para ofender, e sim para mostrar que a torcida quer vê-lo de volta na seleção", minimizou o diretor executivo da NBA no Brasil, Arnon de Mello.
"A NBA sempre teve essa vontade de se expandir pelo mundo. O processo no Brasil era embrionário, para daqui a uns três anos, mas conseguimos antecipar. Queremos massificar o basquete aqui no país. Para isso, precisamos de ídolos, jogadores identificados com a torcida. Vamos analisar as coisas", alertou o executivo.
Além das vaias, os comandantes da NBA não ficaram satisfeitos com a troca de farpas entre o pivô e Oscar. O ídolo defendeu o comportamento dos torcedores e fez duras críticas a Nenê.
"Ele quer falar de nação? Qual é o país dele? Sempre virou as costas para o Brasil", esbravejou o ex-jogador, que viu o camisa 42 do Washington Wizards responder.
"Isso não me abala, estou calejado. É coisa de gente egoísta, mesquinha e pobre de espírito", disse Nenê.
As polêmicas com o pivô do Wizards, porém, não devem tirar o Brasil da rota de expansão da NBA pelo mundo. No entanto, a liga já trabalha com outros nomes que possam assumir o papel de anfitrião nas próximas oportunidades.
Unanimidade na alta cúpula da liga americana, Anderson Varejão, que não tem grande rejeição no Brasil, é o nome da vez. A NBA, inclusive, já admite estudar um confronto entre Cleveland Cavaliers, time do pivô cabeludo, e San Antonio Spurs, que tem o brasileiro Thiago Splitter e o argentino Emanuel Ginóbili.
"Vamos pensar com calma, mas é uma boa hipótese [confronto entre Cleveland e San Antonio] que temos. Estaremos buscando sempre um anfitrião e este jogo teria alguns, até pela proximidade de Brasil e Argentina", revelou Arnon de Mello.
'Crise' respinga em Leandrinho
Além de Nenê, outro brasileiro que não se saiu bem no duelo do último sábado foi Leandrinho. Mesmo sem jogar, o ala que está sem clube, recebeu muitas vaias ao ser anunciado no ginásio e deixou os dirigentes da liga assustados. Em um futuro próximo, dificilmente ele deverá figurar como anfitrião da festa que promete ocorrer com mais frequência.
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