NBA paga US$ 500 mi e se livra de "pior contrato da história", diz jornal
A NBA (liga profissional de basquete dos Estados Unidos) conseguiu se livrar do pior contrato de sua história. Segundo o jornal “New York Times”, os gestores responsáveis pela competição chegaram a um acordo com os irmãos Silna, que receberão US$ 500 milhões para abrir mão do direito eterno de receber 1/7 do faturamento de quatro franquias com venda de direitos de mídia. O negócio, resultado de mais de um semestre de conversas, deve ser anunciado oficialmente na próxima semana.
Os Silnas eram proprietários do St. Louis Spirits, time da ABA, liga que foi incorporada pela NBA em 1976. Na negociação para encerrar as atividades da equipe, os irmãos, empresários do setor têxtil, pediram uma compensação financeira e o direito perpétuo a 1/7 do que as franquias sobreviventes ganham com cessão de direitos a TVs.
A ABA tinha seis equipes quando foi incorporada pela NBA, mas apenas quatro delas foram aceitas pela liga (Indiana Pacers, Denver Nuggets, San Antonio Spurs e os Nets, últimos vencedores da competição extinta). Enquanto os irmãos Silnas pediram parte das receitas de mídia, John Y. Brown, proprietário do Kentucky Colonels, ficou com US$ 3,3 milhões para fechar o time dele.
Desde 1976, porém, as receitas de TV da NBA tiveram um salto absurdo. Graças a isso, os irmãos Silnas já amealharam mais de US$ 300 milhões por um time que sequer entra em quadra há quase 40 anos – a receita anual deles ascendeu de US$ 5 milhões em 1982 para mais de US$ 19 milhões em 2013.
Neste ano, a NBA renovou contratos com ESPN e ABC por direitos de mídia. O novo acordo, válido por oito anos a partir da edição 2015/2016, renderá US$ 930 milhões por temporada à liga.
A história do contrato foi retratada pela ESPN no documentário “Free Spirits”, que fez parte da série “30 for 30”. Os irmãos Silnas se recusaram a dar entrevistas para a obra, lançada em outubro de 2013.
Segundo o “New York Times”, os irmãos Silnas divergiram sobre o acordo com a NBA. A liga vinha tentando havia anos derrubar o contrato eterno, e a manutenção do vínculo envolvia constantes brigas judiciais. Daniel, 69, estava mais relutante do que Ozzie, 80, sobre a continuidade da disputa.
Os dois irmãos aceitaram receber US$ 500 milhões em títulos do JPMorgan Chase e do Merrill Lynch. A NBA e os Silnas não comentam sobre a negociação.
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