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Mulher de cartola racista entra na Justiça para poder vender os Clippers

Das agências internacionais, em Los Angeles (EUA)

12/06/2014 01h00

A mulher do cartola Donald Sterling, banido da NBA por acusações de racismo, entrou na Justiça americana para poder concluir a venda do Los Angeles Clippers. A decisão de Shelly Sterling aconteceu após o cartola voltar atrás na decisão de fechar negócio com o executivo Steve Ballmer, ex-presidente da Microsoft, e resolver não se desfazer da franquia.

Sterling foi obrigado pela NBA a vender os Clippers em razão de seu banimento da organização. O cartola havia concordado em fazer de Shelly a representante da família na operação, mas anunciou que mudou de ideia no começo desta semana.

Em carta enviada à imprensa, Sterling disse que não apoiava mais a venda da equipe através de sua esposa e que processará a NBA em um valor de US$ 1 bilhão. “Eu decidi que devo lutar para proteger meus direitos”, disse o dirigente na carta.

Agora, Shelly busca uma ordem da Corte Superior de Los Angeles para que um juiz confirme sua autoridade para fechar a venda a Ballmer. O valor cogitado nos meios de comunicação dos EUA para a transação é de cerca de US$ 2 bilhões.

Além do banimento, Sterling foi punido com um multa no valor de US$ 2,5 milhões. Ele foi flagrado em uma gravação telefônica ofendendo pessoas negras em conversa com a namorada V.Stiviano.

Em áudio divulgado no mês de maio, em conversa com um amigo, Sterling se defendeu das acusações e disse não ser racista. "Você acha que eu sou racista? Você acha que sinto algo no mundo além de amor pelas pessoas? Você não acha isso! Você sabe que não sou racista!", diz Sterling a seu amigo.