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Brasil atropela o Egito com 128 pontos e vai embalado para as oitavas

Anderson Varejão disputa bola no garrafão com Haytham Khamal, do Egito - AFP PHOTO / JAVIER SORIANO
Anderson Varejão disputa bola no garrafão com Haytham Khamal, do Egito Imagem: AFP PHOTO / JAVIER SORIANO

Do UOL, em São Paulo

04/09/2014 12h01

O Brasil conseguiu sua vitória mais tranquila no Mundial de basquete da Espanha até o momento, ao arrasar o Egito por 128 a 65 nesta quinta-feira, graças a um primeiro tempo de excelência, fechando a parcial 44 pontos na frente. Com o resultado em Granada, a seleção do técnico Rubén Magnano formaliza a segunda colocação no grupo A e vai embalada para a etapa eliminatória da competição.

Agora os brasileiros esperam a definição do grupo B para conhecer seu adversário nas oitavas de final. A seleção encara a terceira colocada desta chave, que ficará entre Senegal, Croácia ou Argentina [a decisão acontece ainda nesta quinta-feira].

A equipe de Magnano volta a atuar no Mundial no próximo domingo, às 17h (de Brasília), desta vez na cidade de Madri.  

A vitória desta quinta consolida o melhor desempenho do Brasil em primeiras fases de Mundiais desde 2002. A seleção de Huertas, Nenê e companhia fecha a etapa de grupos com quatro vitórias (França, Irã, Sérvia e Egito) e apenas uma derrota, para a anfitriã Espanha.

"[A primeira fase] foi boa, depois de saber que o jogo com a Espanha seria difícil, por eles jogaram em casa. A gente sabia que seria difícil também contra França e Sérvia, mas conseguimos os resultados. Agora vamos esperar os cruzamentos do outro lado para ver quem a gente vai enfrentar", afirmou Alex em entrevista ao Sportv. "Mas não dá para escolher adversário", acrescentou o brasileiro.

Foi a maior pontuação do time no Mundial até aqui – antes só os EUA haviam superado a casa de 100 pontos no torneio.

Com atuação consistente e segura, o Brasil também aproveitou o embate contra o adversário mais frágil do grupo para melhorar seu desempenho na linha de lance livre, um dos pontos vulneráveis do time até então. Antes de enfrentar o Egito a seleção tinha aproveitamento de apenas 58% neste fundamento. Nesta quinta foram 69%.

Momento chave: A performance no primeiro quarto foi meio caminho para a vitória. Pressionando a marcação no perímetro, o Brasil sufocou o ataque adversário, forçando os egípcios a arremessar com a posse de bola quase estourando. Desta forma, os rivais anotaram seus primeiros pontos com quase quatro minutos de jogo, quando o placar já apontava 13 a 0.

No ataque, o time de Rubén Magnano jogou solto, com sucesso de infiltrações de Varejão, Nenê e Huertas. Com marcação frágil, a bola de três também caiu com Alex. Por fim, os brasileiros estiveram quase perfeitos na linha de lance livre, com apenas um arremesso desperdiçado no período.

Com este cenário, Magnano já conseguiu rodar o time todo ainda no primeiro quarto e viu sua seleção fechar o período com a vantagem confortável no placar, 37 a 10.  

Em seguida, o técnico argentino descansou titulares como Huertas, Marquinhos e Varejão. Com nomes como Leandrinho, Larry Taylor e Marcelinho Machado em quadra, a seleção afrouxou um pouco a marcação na linha de três, mas mesmo assim foi para o intervalo com a situação praticamente resolvida: 67 a 23.

Depois do intervalo, o Brasil tirou o pé e foi superado no terceiro quarto, por 25 a 23. Mas depois acelerou nos últimos 10 minutos e consolidou o placar expressivo. Leandrinho acabou como cestinha, com 22 pontos.

O melhor – Anderson Varejão: Com grande performance de garrafão, o pivô do Cleveland Cavaliers conseguiu o duplo-duplo contra o Egito (dois dígitos em dois fundamentos). Foram 15 pontos e 10 rebotes.

O pior – Serif Genedy: O egípcio foi insistente da linha de três pontos, mas não acertou nenhum disparo. Foram quatro erros, em desempenho individual que simboliza a teimosia do time neste fundamento.

Para lembrar: O Brasil caiu exatamente nas oitavas de final do último Mundial de basquete, disputado na Turquia. Na oportunidade a seleção já dirigida por Rubén Magnano foi eliminada em confronto contra a rival Argentina, em placar apertado de 93 a 89. Agora a geração de Huertas, Nenê e Varejão tem a chance de superar o desempenho de 2010.