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De novo a Argentina. Brasil revê algoz nas oitavas no Mundial de basquete

Splitter disputa bola com Scola (esquerda) e Ginóbili em confronto na Olimpíada 2012 - REUTERS/Sergio Perez
Splitter disputa bola com Scola (esquerda) e Ginóbili em confronto na Olimpíada 2012 Imagem: REUTERS/Sergio Perez

Do UOL, em São Paulo

04/09/2014 18h36

Um adversário velho conhecido do Brasil virá pela frente nas oitavas de final do Mundial masculino de basquete da Espanha. A Argentina foi derrotada pela Grécia nesta quinta-feira e acabou como a terceira colocada do grupo B, desta forma cruzando mais uma vez o caminho da seleção de Rubén Magnano em uma grande competição.

Os brasileiros vêm de duas derrotas em confrontos eliminatórios contra a Argentina, no Mundial de 2010, na Turquia, e nos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres. Agora, depois de conquistar a segunda colocação do grupo A na primeira fase, a seleção tem o reencontro com os vizinhos de continente marcado para domingo, às 17h (de Brasília), em Madri.

A Argentina ficaria com a primeira colocação de sua chave caso derrotasse os gregos. No entanto, o revés de 79 a 71 fez os campeões olímpicos de 2004 acabarem em 3º lugar, perdendo no desempate com a Croácia graças à derrota em confronto direto.

Desta forma, toda a memória de embates recentes virá à tona até o confronto de domingo. Magnano, técnico que levou a Argentina ao ouro olímpico em 2004, agora tem a missão de oferecer ao Brasil uma grande vitória sobre os vizinhos sul-americanos.

Em 2010 na Turquia, já nas mãos de Magnano, o Brasil caiu justamente nas oitavas de final diante da Argentina. Apesar da grande atuação de Marcelinho Huertas, com 32 pontos, a seleção acabou derrotada em um confronto dramático, pelo placar de 93 a 89.

Luis Scola foi o grande destaque daquela partida de Istambul, comandando a vitória de sua seleção com 37 pontos e nove rebotes. Magnano escalou de início Giovannoni ao lado de Anderson Varejão no garrafão, mas a estratégia de defesa não conteve o ala-pivô argentino.

Dois anos mais tarde, mais uma derrota por placar apertado, por 82 a 77, em confronto válido pelas quartas de final da Olimpíada de Londres. Huertas voltou a brilhar, com 22 pontos – cestinha ao lado de Leandrinho.

O Brasil chegou a liderar o placar em alguns momentos, mas Scola deu as cartas de novo nos instantes mais importantes. A Argentina também contou com uma atuação cerebral de Manu Ginóbili para ir a uma semifinal olímpica pela terceira vez seguida.

Com algumas mudanças, a Argentina é basicamente a mesma geração que vem conquistando posições de destaque em campeonatos de primeira linha desde 2002, com nomes como Nocioni, Herrmann e Prigioni. No entanto, desta vez Ginóbili desfalca a equipe.

São essas lições que a experiente geração de Huertas, Nenê e Varejão levará para a quadra de Madri no domingo. Nesta quinta-feira, a seleção encerrou sua participação na fase de grupos do Mundial com uma vitória expressiva sobre o Egito por 128 a 65, em Granada.                                   

Assim, os brasileiros fecharam a fase de grupos com seu melhor desempenho desde o Mundial de 2002. Os comandados de Magnano romperam a casa de 100 pontos pela primeira vez no torneio e comemoraram a quarta vitória – antes já haviam batido França, Irã e Sérvia. A única derrota aconteceu no confronto com a anfitriã Espanha. 

Jogador da seleção argentina, Andrés Nocioni ressaltou a força do Brasil. “Esse Brasil é o melhor Brasil em muitos anos. Nós vamos lutar, mas o Brasil tem vantagens. Contam com um grande jogo, assim será um jogo muito difícil”, disse em entrevista ao La Nacion.

ESPANHA SÓ NA SEMIFINAL

Nesta configuração de chave da fase eliminatória, o Brasil só cruzaria de novo com a Espanha, uma das favoritas ao título, em uma eventual semifinal. Já os Estados Unidos estão do outro lado da tabela. Durante a primeira fase a seleção de Magnano foi batida pelos espanhóis por 82 a 63.