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Adrianinha dá adeus à seleção de basquete e mira carreira como treinadora

Adrianinha deixou a quadra às lágrimas após derrota para a França - Divulgação/FIBA
Adrianinha deixou a quadra às lágrimas após derrota para a França Imagem: Divulgação/FIBA

Do UOL, em São Paulo

01/10/2014 18h18

A derrota da seleção brasileira de basquete para a França por 61 a 48 na tarde desta quarta-feira e a consequentemente eliminação do Mundial da Turquia decretou também o fim do ciclo de Adrianinha com a camisa da equipe nacional. A armadora de 35 anos e 1,65m de altura se despede de forma definitiva, após ter disputado quatro Mundiais e quatro Olimpíadas. Seu objetivo agora e se dedicar à carreira de treinadora.

“Não queria que esse fosse jogo contra a França fosse o meu último. Queria e acreditava que a gente teria outra oportunidade, mas, não foi dessa vez. Vou torcer sempre para as meninas e eu disse isso a elas ali na quadra” disse Adrianinha, que já havia se despedido da seleção após os Jogos Olímpicos de Londres de 2012, mas no ano passado decidiu retornar após um pedido do técnico Luiz Augusto Zanon para ajudá-lo no processo de renovação da equipe nacional.

“Tenho certeza absoluta que já contribui como poderia. A meninada demonstrou que pode crescer muito e evoluir. Foi uma honra poder participar do começo deste processo de renovação. Mas está na hora de deixar a seleção. Tenho  uma filha de oito anos e quero me dedicar a projetos no Brasil”, afirmou a jogadora.

Um dos projetos é ser treinadora e seguir trabalhando com basquete. Ela, inclusive, tem um projeto no Recife vinculado ao América chamado “Cestinhas do Futuro”, voltado para crianças entre 8 e 12 anos.  Para ter sucesso na nova empreitada, ela já participou de aulas da ENTB (Escola Nacional de Treinadores de Basquete) e atualmente faz um curso de fundamentos da administração esportiva oferecido pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil).

“Quero ser técnica, ensinar basquete. Mas estou me preparando para atuar em todas as áreas para poder aproveitar todas as oportunidades que aparecerem. O basquete feminino é muito carente, está precisando de mais gente para ajudar”, afirmou a jogadora, que teve médias de 6,2 pontos e 3,5 assistências no Mundial da Turquia.

Ao longo de 17 anos defendendo a seleção brasileira adulta, Adrianinha ganhou quatro títulos sul-americanos, duas medalhas (uma prata e um bronze) em Jogos Pan-Americanos, conquistou uma Copa América, dois títulos de Pré-Olímpico e ficou a uma vitória de conquistar o bronze no Campeonato Mundial de 2006, disputado no Brasil.

Adrianinha - Divulgação/FIBA - Divulgação/FIBA
Adrianinha recebe o carinho de Zanon após jogo contra a França
Imagem: Divulgação/FIBA


“Eu levo tudo de bom da seleção. A minha melhor amiga, que é a Alessandra Pivô) conheci graças à seleção. Tive muitas experiência gratificantes,  conheci o mundo, fui para quatro Mundiais, quatro Olimpíadas. Se me perguntasse se eu sonhava com isso quando comecei a jogar pela seleção, nunca imaginaria que tudo isso seria possível. Só tenho que agradecer por tudo”, disse Adrianinha, que deixou a quadra chorando.