Patrícia se destaca em 1º Mundial e reforça caminho para brilhar em 2016

A seleção brasileira feminina de basquete foi ao Mundial da Turquia sem esperanças de ganhar medalhas e penou para passar às oitavas de final, fase na qual enfrenta a França às 13h desta quarta-feira. Depois de derrotas para República Tcheca e Espanha, venceu o Japão por 79 a 56 graças a uma atuação fantástica da ala Patrícia Ribeiro, ou simplesmente Patty. A jovem, de 24 anos (completados no último domingo), é uma das nove estreantes da equipe em Mundiais e aparece como uma esperança de dias melhores para a modalidade, sucateada ao longo dos últimos 20 anos. No jogo contra as asiáticas, que definia a classificação ou a volta prematura para casa, ela anotou 27 pontos. Isso, depois de anotar somente três nos dois primeiros jogos.

Jogadora do São José (SP), Patty, de 1,74m de altura, está apenas em sua quarta competição com a seleção adulta. Antes, havia participado das conquistas dos títulos sul-americanos em 2013 e 2014 e da conquista da medalha de bronze na Copa América de 2013. Nas seleções de base, foi campeã sul-americana sub-16 em 2006 e bronze no sul-americano sub-17 de 2007. E na Copa América  Sub-18 de 2008. Além disso, fez parte do time que ficou com a décima colocação no Mundial da Eslováquia, em 2007.

“Participar deste Mundial está sendo uma experiência fantástica. Já aprendi muita coisa com as outras meninas e a comissão técnica. Desde que me tornei atleta de basquete tinha o sonho de jogar na Seleção Brasileira. Já defendi algumas vezes as seleções de base, mas fazer parte da equipe principal é maravilhoso. Mesmo com alguns resultados negativos é impressionante como amadurecemos de um jogo para o outro”, disse Patty em entrevista ao UOL Esporte.

"Trabalhei com a Patrícia por diversos anos na categoria de base com ela. É uma jogadora na qual vale a pena o investimento e ficar de olho. É uma jogadora que ainda precisa de rodagem, é necessário seguir com o trabalho físico, tático, técnico. Daqui uns anos pode se tornar uma referência da seleção", afirmou Luiz Cláudio Tarallo, ex-treinador das seleções de categoria de base e principal.

Patrícia, que na infância praticava vôlei e basquete, optou em se dedicar exclusivamente ao esporte da bola laranja quando tinha nove anos, na cidade de Caieiras (SP), onde nasceu. Depois, passou pelo Círculo Militar, CFE Janeth Arcain, Pinheiros, Unimed/Americana e São Caetano, antes de chegar ao São José. Na última edição da Liga de Basquete Feminino (LBF) atuou por Ourinhos e teve média de 11 pontos por partida, chamando a atenção de Zanon. Na próxima edição do campeonato nacional, voltará a defender o clube do Vale do Paraíba.

“A Patrícia é uma jogadora que estava sem utilização em seleção, nunca tinha ido a grandes competições. Ela não veio bem nos dois primeiros jogos, mas sabemos que ela tem este perfil de vencedora e acreditar sempre. Traçamos um plano com ela. Com certeza vai crescer muito. As oscilações estão dentro da normalidade da juventude”, disse Zanon em entrevista ao SporTV.

“O trabalho com o Zanon tem apenas um ano e meio, mas tem sido proveitoso. É um projeto a  longo prazo e a perspectiva que temos é de chegar longe”, disse Patty, que tinha apenas três anos de idade quando o Brasil conquistou o título Mundial na Austrália, com a geração de Paula, Hortência e Janeth.

Além da juventude e o fato de ser uma das promessas do basquete brasileiro, Patty também chama a atenção pela sua beleza. Nas redes sociais, foi apontada como uma das mais belas do time. Apesar de garantir ser bastante vaidosa, ela não se considera uma musa.

“Sou bastante vaidosa, mas não me considero musa. Em uma competição importante como um Mundial não fico prestando muito a atenção nas coisas que acontecem fora da quadra. Me acho bonita, mas para musa tenho que ganhar uns quilinhos a mais”, disse a jogadora, que pesa 63 quilos.