Os dribles de Splitter para conciliar a vida de pai e de campeão da NBA
Treinos diários, 82 jogos na temporada regular e milhares de quilômetros viajados dentro dos Estados Unidos. A rotina de um atleta da NBA é desgastante e pode privá-lo até de acompanhar intensamente o crescimento do filho. Que o diga Tiago Splitter. O brasileiro do San Antonio Spurs é pai há pouco mais de dois anos e ainda não conseguiu curtir como gostaria o filho Benjamin. A cada campeonato, são mais de 100 dias fora de casa.
“Realmente não é fácil, é complicado. Mais da metade do tempo estamos viajando, concentrados ou treinando, passo muito tempo longe. No período de férias da NBA tem também os compromissos com a Seleção. Mas é um sacrifício que tem de se fazer como atleta”, disse o brasileiro em entrevista ao UOL Esporte.
Para driblar a saudade e poder acompanhar o desenvolvimento do garoto, Splitter conta com a tecnologia como aliada. Em 2012, quando Benjamin nasceu e o pivô estava com a Seleção Brasileira se preparando para a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, a solução encontrada foi colocar uma câmera no berço. Assim tinha imagens ao vivo do primogênito diretamente em seu celular ou laptop.
Hoje, a criança já deixou o berço, mas a internet segue sendo a grande aliada para o jogador matar a saudade do filho. Saudade esta que fica maior durante o mês de fevereiro, quando o Spurs passa três semanas jogando fora de casa por conta de um tradicional rodeio que acontece em San Antonio todos os anos.
“Agora que ele cresceu, a comunicação é por Skype, vídeo no Whatsapp. É desta maneira que tento manter o contato e aproveitar da melhor maneira possível. Mas em fevereiro realmente é a época que mais complica”, afirmou Splitter, que possui uma tatuagem em seu punho esquerdo com o nome do filho.
Como Benjamin tem apenas dois anos e meio, ele ainda não acompanha a todos os jogos do pai no AT&T Center, em San Antonio. De vez em quando, ele vai com a mãe Amaya ao ginásio, mas não tem muita ideia do que está acontecendo dentro da quadra.
“Ele já foi a alguns jogos, mas é difícil levar sempre. Ele não para muito quieto na poltrona, não tem muita ideia do que está acontecendo. Por enquanto, tentamos deixá-lo um pouco fora do mundo do basquete. Mas espero que no futuro ele goste do esporte. Hoje em dia, ele joga bola com os pés e com a mão. Vamos ver o que vai acontecer”, disse o pivô.
A miscigenação cultural também é algo presente na vida dos Splitter e, Benjamin, apesar de pequeno, já está sendo alfabetizado em três idiomas: inglês (língua que aprende na escolinha que frequenta), espanhol (língua nativa da mãe) e, claro, o português.
“Em casa, eu falo português e minha esposa o espanhol. Aos poucos, vai aprendendo os três idiomas, mas acho que ainda tem uma confusão dentro da cabeça por conta disso (risos)”, disse o brasileiro.
Benjamin também possui três nacionalidades, mas se no futuro se tornar um jogador profissional, Splitter garante que ele defenderá as cores do Brasil.
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