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Flamengo tem chance de hegemonia no NBB. Mas terá de contrariar a história

Na final do NBB, Marquinhos, do Flamengo, se desvencilha da marcação de Alex, do Bauru - João Pires/LNB
Na final do NBB, Marquinhos, do Flamengo, se desvencilha da marcação de Alex, do Bauru Imagem: João Pires/LNB

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/05/2015 12h00

O primeiro jogo foi um atropelo. O histórico recente é amplamente favorável. Ainda assim, é o passado um dos grandes obstáculos que o Flamengo terá de derrubar neste sábado (30), às 10h (de Brasília), no segundo jogo da decisão do NBB 7. Após ter batido o Paschoalotto/Bauru por 91 a 69 na partida inicial da série melhor de três, na última terça-feira (26), no Rio de Janeiro, a equipe rubro-negra precisa apenas de uma vitória no ginásio Neusa Galetti, em Marília-SP, para se tornar hegemônica na liga profissional do basquete nacional.

Atual bicampeão, o Flamengo acumulou três taças nas seis edições anteriores do NBB – mesmo número do Brasília. Além da liderança nessa disputa pelo posto de maior vencedor do torneio, a decisão de 2015 vale para o time carioca a chance de obter seu primeiro tricampeonato nacional de basquete em todos os tempos (incluindo campeonatos organizados pela CBB).

“Jogar uma final é o que você sonha para o fim da temporada. Você trabalha o ano todo e joga muitas partidas para chegar ao momento em que apenas duas equipes estão na quadra. Agora é o momento de todos os atletas se divertirem e aproveitarem”, opinou o ala-armador Vitor Benite, um dos principais destaques do Flamengo na atual edição do NBB.

O número de taças, contudo, não é o único ponto que faz do Flamengo um time mais tarimbado. Os cariocas são liderados por José Neto, que chegou ao clube na temporada 2012/2013 e ainda não deixou passar um título de NBB desde então (duas taças em duas edições disputadas). Também possuem vantagem no confronto com Bauru (16 vitórias em 22 duelos). “Acredito que experiência faz diferença, sim”, avaliou o pivô rubro-negro Olivinha.

A despeito de ter conquistado as duas últimas taças, de jogar contra um time que nunca foi campeão, de ter vantagem no duelo direto, de ter um técnico vitorioso e de ter triunfado com facilidade na primeira partida, porém, o Flamengo não pode se apoiar no passado se quiser ser campeão neste sábado. Afinal, o Bauru também tem bons argumentos nesse sentido.

O primeiro deles é a campanha no próprio NBB 7. O Bauru teve a melhor campanha da fase inicial, com vitórias sobre o próprio Flamengo. O time de São Paulo, aliás, também tem campanha irretocável na temporada (venceu Estadual, Liga Sul-Americana e Liga das Américas). Se obtiver a taça da liga nacional, igualará feito dos cariocas no ano anterior.

Outro aspecto que o Flamengo terá de superar é o mando de casa. Sempre que foi campeão do NBB, o time rubro-negro ergueu a taça diante de seus torcedores. Como visitante, são quatro derrotas em cinco jogos de séries finais da liga.

“Agora é ganhar ou ganhar. A gente fica feliz por Marília ter aberto o ginásio para essa partida e espera que a torcida de Bauru compareça em peso para apoiar”, disse o ala Gui Deodato. As duas cidades do interior de São Paulo estão separadas por pouco mais de 107 quilômetros.

“Fico triste pela forma como jogamos [na primeira partida da decisão]. É o coroar da temporada, e nós tínhamos de ter aproveitado um pouquinho melhor. É uma final de campeonato, e nós não podemos errar tanto”, cobrou o pivô Murilo.

O segundo jogo da decisão do NBB será exibido ao vivo em TV aberta (Globo) e fechada (Sportv). O Flamengo precisa apenas de um triunfo para ser campeão, e uma vitória do Bauru levará a disputa para a terceira partida, às 10h do dia 6 de junho, também em Marília.