Durant e Westbrook podem parar o histórico Warriors de Curry? Veja 5 razões
Melhor início da história da NBA, com 24 sucessos consecutivos. Recorde de vitórias em todos os tempos, superando o Chicago Bulls de Michael Jordan. E primeiro MVP (Jogador Mais Valioso) unânime da história: Stephen Curry. O Golden State Warrios da temporada 2015/2016 definitivamente já pode ser chamado de histórico.
Na condição de favorito, no entanto, os Warriors sentirão o sabor amargo da frustração caso fracassem na missão do bicampeonato. Não é tarefa fácil, mas o primeiro real candidato a estragar a festa de Curry & CIA apresentou suas credenciais na noite da última segunda-feira (16).
Com Kevin Durant e Russell Westbrook decisivos, o Oklahoma City Thunder surpreendeu e venceu o primeiro jogo da final da Conferência Oeste da NBA, fora de casa, em Oakland. Foi, aliás, a primeira vitória do time em quatro encontros na temporada. Em grande fase, a dupla será capaz de parar os Warriors de Curry?
Improvável, dizem as casas de aposta e os especialistas da bola laranja, mas o UOL Esporte listou 5 boas razões para crer que o OKC tem condição de bater os Warriors e também fazer história. Os dois times voltam a se enfrentar nesta quarta-feira (18), no jogo 2 da série melhor de sete, novamente na casa dos atuais campeões da NBA.
1 – Dupla mais decisiva nos playoffs
Na temporada regular, Kevin Durant e Russell Westbrook formaram a segunda dupla mais decisiva da NBA com 51,7 pontos – atrás justamente dos “Splash Brothers”, Stephen Curry e Klay Thompson, com 52,2 pontos combinados. Mas nos playoffs, também em função da lesão do MVP, a diferença se inverteu. A parceria entre Durant e Westbrook tem contribuído com 53 pontos em média, um a mais que Curry e Thompson.
A mostra de força dos protagonistas do OKC foi dada no primeiro jogo final no Oeste. Westbrook foi ao intervalo com apenas três pontos, mas anotou nada menos que 24 no segundo tempo para levar os visitantes à vitória, além de terceiro quarto estupendo. Já Durant, vindo de cinco erros seguidos no quarto final, acertou justamente aquele que o time mais precisou -- arremesso decisivo para dar vantagem de cinco pontos com 30 segundos para o fim.
2 – Vitória consistente sobre 'pedra no sapato' dos Warriors
Para chegar à final da Conferência Oeste, o Thunder eliminou por 4 a 2 o sempre consistente San Antonio Spurs. O time de Tony Parker, Tim Duncan e Kawai Leonard obteve a segunda melhor campanha da temporada regular na NBA, justamente atrás da campanha histórica dos Warriors. Assim, os Spurs entraram na série contra o OKC com favoritismo, mas caíram diante de Durant, Westbrook & CIA. Muitos críticos nos EUA, aliás, davam uma final entre Warriors e Spurs como certa na Conferência Oeste. Inclusive porque o time de Greg Popovich sempre foi “pedra no sapato” dos comandados de Steve Kerr. Mas nunca é prudente subestimar o Thunder.
3 – Vantagem no garrafão
Basta um primeiro olhar às escalações de Golden State e Thunder para enxergar uma diferença: o tamanho dos jogadores. Os atuais campeões jogam com ao menos quatro jogadores mais baixos, ágeis, com boa capacidade de deslocamento e chute de três. Enquanto os “azarões” têm quase sempre dois homens de maior estatura e apostam nas jogadas de garrafão, mais próximas da tabela. A diferença se define pela filosofia e estrutura de jogo, pois os Warriors se valem do estilo mais rápido para chutar bolas de três aos montes. Sua maior força, porém, pode também torná-lo vulnerável. E impor jogo mais físico de garrafão é uma das grandes armas para enfrentar os atuais campeões.
O OKC sabe disso. No primeiro jogo final no Oeste, Steve Adams (2,13m), Enes Kanter (2,11m) Serge Ibaka (2,08m) contribuíram juntos para 35 pontos. Nos Warriors, no entanto, o pivô Andrew Bogut (2,13m) saiu zerado. E Harrison Barnes (2,03m) e Draymond Green (2.01m), que completam o “trabalho sujo” no garrafão, passam longe de serem “pivôs-pivôs” como se diz na gíria do basquete.
4 – Rebotes
Outra boa razão para acreditar que o Thunder pode bater o Golden State tem a ver com o tópico anterior, mas não se resume a ele. São os rebotes, fundamento no qual os atuais campeões sofrem – e não se resume à diferença de altura. Quer um exemplo? No primeiro jogo da final no Oeste, pasmem, Curry foi o principal reboteiro dos Warriors, com 10, seu recorde nos playoffs. Afora o MPV, nenhum jogador chegou sequer a 10 rebotes (Thompson foi o segundo com 9). Em contrapartida, o OKC dominou o quesito: Adams pegou 12, Ibaka, 11, e Durant, 10. No fim das contas, os visitantes pegaram oito rebotes a mais. Alguns deles, principalmente ofensivos, foram decisivos à vitória.
5 – Curry está 100%?
Em 11 jogos do Golden State nos playoffs até então, o MVP terminou apenas as três últimas partidas. Curry sentiu lesões diferentes em dois jogos e ficou fora de mais seis. Tudo começou no primeiro jogo de mata-mata, contra o Huston Rockets, quando ele torceu o já calejado tornozelo. O armador de 1,91m retornou após duas partidas, mas voltou a se machucar, dessa vez com torção no joelho direito. E Curry ficou mais quatro jogos “de molho”.
Em seu novo retorno, teve atuação assombrosa na prorrogação contra o Portland Trail Blazers, marcando 17 pontos em cinco minutos, mas esteve apagado no tempo normal, chegando a errar as primeiras nove bolas de três. Após nova vitória sobre o Blazers, Curry teve 26 pontos, 10 rebotes e sete assistências na primeira final do Oeste na segunda. Números estupendos para qualquer jogador, mas que ficou aquém de sua média de pontos, especificamente.
Compreensível, mas preocupante. Pois para serem bicampeões os Warriors precisarão de Curry em sua melhor forma. Nos últimos dias, ele admitiu à imprensa americana que está jogando com dores no joelho recém-torcido, as quais classificou como “administráveis”. Curry continua sendo o primeiro MVP unânime da história, decisivo, por vezes até inacreditável, mas não há como negar que ele não está 100%.
Abre aspas para Russell Westbrook e Stephen Curry
Ele faz um bom trabalho nos arremessos. Cria os arremessos para ele mesmo. É um chutador. Nada que eu nunca tenha visto
Eles são um time explosivo. Estão em um ótimo momento e encontraram uma boa receita para bater o forte time dos Spurs. Isso diz bastante sobre como eles estão jogando neste momento da temporada
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