Ex-ajudante de pedreiro quer coroar "temporada dos sonhos" com final da NBB
Nesta terça-feira (23), às 19h30, o Bauru recebe o Pinheiros no ginásio Panela de Pressão no quinto e derradeiro jogo da série, válida pelas semifinais do NBB. Quem vencer se classifica para enfrentar o Paulistano na decisão. Para não jogar fora a construção da vantagem por 2 a 0, finalizar a obra e seguir na briga pelo título, o clube da capital conta com a força do ala-pivô Gemerson, que foi ajudante de pedreiro antes de se profissionalizar no basquete.
Natural de Lençóis, no interior da Bahia, Gemerson faz sua primeira temporada pelo Pinheiros depois de ter jogado quatro anos no Paulistano. Em 2014, chegou à final do NBB, mas acabou derrotado pelo Flamengo na decisão.
Hoje aos 24 anos de idade, Gemerson começou a jogar basquete há dez, em sua cidade natal. O então adolescente se inspirou em Leandro Lima, ex-jogador natural de sua cidade. Para começar na modalidade, no entanto, não pôde deixar de ajudar sua família.
"Meu pai era pedreiro. Treinava e ia ajudar ele. Era treinar, estudar e trabalhar. Eu ajudava ele como ajudante de pedreiro", contou o ala-pivô, ao UOL Esporte, por telefone.
Ídolo do jogador do Pinheiros, Leandro viu potencial em Gemerson e o levou para jogar em Salvador. A aposta rendeu frutos, já que o ala-pivô logo foi convocado para a seleção baiana e se destacou no Brasileiro sub-17. Era hora de deixar o cargo de ajudante de pedreiro para trás.
Domingos Barbosa, pai do jogador, apoiou sua carreira no basquete. Ana Lúcia Barbosa, sua mãe, chegou a ficar receosa em deixar Gemerson ficar tão longe de casa, mas autorizou o filho a partir. Anos mais tarde, o ala-pivô pôde realizar o sonho de jogar uma partida profissional diante dos dois.
Patrocinadora do NBB, a Avianca se aliou à Liga Nacional de Basquete para transportar os pais de Gemerson de Lençóis até São Paulo. Os dois viram a derrota por 78 a 76 para Campo Mourão, em partida disputada dia 19/12 do ano passado e válida pela 11ª rodada do NBB. Apesar do placar, um dia inesquecível para os três.
"Foi muito especial, porque sempre que eu jogava eu ligava para eles e falava com eles antes e depois dos jogos. Eu sempre quis dar isso a eles, mas eles tinham medo. A sensação foi incrível, do aquecimento até o fim do jogo", contou o atleta.
Para completar a homenagem e a temporada de sonhos realizados, falta o título que ficou tão perto em 2014. Com médias de 9,4 pontos e 4,4 rebotes em 26,5 minutos por exibição nesta edição da NBB, Gemerson precisa primeiro ajudar o Pinheiros a superar o Bauru. Depois, pode terminar de construir sua obra.
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