Com teto salarial estourado, como os Cavaliers podem ameaçar os Warriors
Vice-campeão da NBA neste ano, o Cleveland Cavaliers começa a trabalhar por reforços para sua próxima campanha. O problema é que a franquia já está acima do teto salarial projetado para a temporada 2017/2018 e, por isso, enfrenta uma série de limitações para contratar. Mesmo assim, relatos da imprensa americana afirmam que os astros Jimmy Butler, do Chicago Bulls, e Paul George, do Indiana Pacers, podem se juntar a LeBron James e companhia. Como viabilizar uma transação deste porte?
Para o ano que vem, os Cavaliers têm oito jogadores com contrato garantido, sete a menos do que o máximo de atletas permitido pela NBA em um elenco. Além de LeBron, Kevin Love, Kyrie Irving, Tristan Thompson, J.R. Smith, Iman Shumpert, Channing Frye e Richard Jefferson têm este tipo de vínculo.
Os salários dos oito jogadores somam pouco mais de US$ 125,6 milhões (aproximadamente R$ 416,2 milhões). A quantia é ligeiramente superior aos US$ 120 milhões (cerca de R$ 397,7 milhões) projetados como teto salarial da próxima temporada. Por isso, os Cavs só podem realizar trocas se diminuírem sua folha, e só podem contratar agentes livres se obedecerem a uma série de restrições impostas pela NBA.
O armador Kay Felder e o pivô Edy Tavares têm contratos não garantidos para a temporada 2017/2018 da NBA, o que significa que podem ser dispensados a qualquer momento sem custos adicionais para a franquia. Por isso, são moedas de trocas mais valiosas.
Neste cenário, saiba as opções dos Cavaliers para se reforçarem no mercado rumo à próxima temporada.
Troca por Jimmy Butler
O salário previsto de Jimmy Butler para a próxima temporada é de US$ 18.696.918,00 (equivalente hoje a cerca de R$ 62 milhões). Como só pode trocar se diminuir sua folha salarial por estar acima do teto, uma solução seria enviar para os Bulls Kevin Love, que receberá US$ 22.642.350,00 (cerca de R$ 75 milhões) no período.
Também é possível enviar mais de um jogador em troca de Butler. Assim, os Cavs podem enviar combinações envolvendo Tristan Thompson (US$ 16.400.000,00, ou R$ 54.347.960,00), J.R. Smith (US$ 13.760.000,00, ou R$ 45.599.264,00), Iman Shumpert (US$ 10.337.079,00, ou cerca de R$ 34 milhões), Channing Frye (US$ 7.420.912,00, ou cerca de R$ 24,6 milhões), Richard Jefferson (US$ 2.500.000,00, ou R$ 8,2 milhões), Edy Tavares (US$ 1.471.382,00, ou quase R$ 5 milhões) e Kay Felder (US$ 1.312.611,00, ou R$ 4.4 milhões aproximadamente).
Escolhas de draft também podem ser usadas como moedas de troca. A única limitação é que a NBA obriga que uma franquia tenha pelo menos uma escolha de primeira rodada a cada dois anos. Como já devem a sua de 2017 para o Portland TrailBlazers e a de 2019 para o Atlanta Hawks, os Cavaliers só podem envolver em trocas as de 2021 em diante.
As escolhas de segunda rodada podem ser trocadas livremente, sem restrição. Os Cavaliers já devem as suas de 2017, 2018, 2019 e 2020, mas, por outro lado, recebem a menos favorável entre Los Angeles Lakers e Minnesota Timberwolves em 2019. Além disso, herdam a do Portland TrailBlazers em 2020 se ela for uma das cinco piores do Draft.
As franquias também podem trocar jogadores que selecionaram em drafts anteriores e ainda não assinaram contratos profissionais na NBA. Nesta situação, os Cavaliers têm Cedi Osman, Chu Maduabum, Dom Pointer, Edin Bavcic, Ejike Ugboaja, Iklan Karaman, Milan Macvan e Vladimir Veremeenko.
Troca por Paul George
De acordo com relatos da imprensa americana, Paul George informou ao Indiana Pacers que deseja se transferir para o Los Angeles Lakers no verão de 2018, quando fica sem contrato. Por isso, a franquia procura interessados em trocar para adquirir o último ano garantido do ala, e os Cavaliers, que buscam reforços para desafiar o Golden State Warriors a curto prazo, surgem como principais interessados.
O contrato de George com os Pacers é de US$ 19.508.958,00 (R$ 64,6 milhões) na próxima temporada. Como dificilmente trocaria LeBron James ou Kyrie Irving, os Cavaliers podem mandar Kevin Love pelo ala.
Assim como com Butler, a franquia de Cleveland também tem a possibilidade de enviar pacotes envolvendo seus outros jogadores, escolhas de Draft e/ou atletas selecionados em recrutamentos de calouros anteriores.
Busca por novatos
Uma das exceções que permite a um time acima do teto salarial assinar com reforços é o contrato para novatos. Se fechar com um jogador que nunca atuou na NBA, os Cavaliers podem aumentar sua folha sem problemas.
A franquia de Cleveland não possui nenhuma escolha de Draft neste ano, já que deve a de primeira rodada para o Portland TrailBlazers e a de segunda para o Boston Celtics. No entanto, escolhas podem ser compradas até o dia do evento, que acontece nesta quinta-feira (22).
Além disso, os Cavaliers também podem usar desta possibilidade para contratar um de seus jogadores selecionados em Drafts anteriores e que ainda não foram jogar na NBA.
Contratos mínimos
Outra possibilidade para um time acima do teto salarial se reforçar é assinar um contrato mínimo para veteranos. Vínculos deste tipo podem ser realizados sem limitações.
Neste ano, Deron Williams, Derrick Williams e Dahntay Jones jogaram os playoffs pelos Cavaliers com contratos mínimos. Os três são agentes livres irrestritos nesta offseason.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.