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Ele foi "sequestrado" por quatro colegas para renovar. Agora, só sobrou ele

DeAndre Jordan (à direita) em ação pelo Los Angeles Clippers contra o Utah Hazz - Gary A. Vasquez/USA TODAY Sports
DeAndre Jordan (à direita) em ação pelo Los Angeles Clippers contra o Utah Hazz Imagem: Gary A. Vasquez/USA TODAY Sports

Do UOL, em São Paulo

04/02/2018 11h00

Antes do início da temporada 2015/2016 da NBA, DeAndre Jordan havia acertado sua ida para o Dallas Mavericks, deixando o Los Angeles Clippers para trás. No entanto, antes que pudesse assinar contrato, o jogador foi “sequestrado” por quatro colegas de equipe, que o trancaram em sua casa e convenceram a renovar ao invés de se transferir. Hoje, os quatro já deixaram a franquia, enquanto o pivô continua por lá.

Jordan era agente livre na ocasião e, insatisfeito com seu papel ofensivo nos Clippers, foi convencido de que teria maior protagonismo nos Mavericks. Por isso, resolveu aceitar a proposta da franquia texana, em acerto que foi amplamente noticiado pela imprensa dos Estados Unidos.

O problema é que o período em que é possível negociar com agentes livres havia acabado de começar, e a NBA costuma demorar alguns dias para aceitar o registro de novos contratos. Isso porque os valores salariais são atualizados a cada ano, assim como o teto e o piso, e esse complicado cálculo demora até ser concluído.

Aproveitando-se deste período, os Clippers prepararam uma comissão para convencer Jordan de que sua decisão não era acertada. O armador Chris Paul, o ala-armador JJ Redick, o ala Paul Pierce e o ala-pivô Blake Griffin foram até a casa do pivô, em Houston, com um novo contrato em mãos.

A ideia era deixar o local apenas quando Jordan estivesse convencido de renovar contrato. Cientes da situação, Mark Cuban, dono dos Mavericks, e Chandler Parsons, então ala da franquia de Dallas e amigo do pivô, tentaram entrar em contato com ele, mas sem sucesso.

O que Jordan ouviu dos Clippers foi o bastante para que ele mudasse de ideia e aceitasse permanecer, assinando contrato garantido até o fim dessa temporada e que ainda pode ser prolongado por mais uma se o pivô assim desejar, já que ele possui opção unilateral de renovação.

A decisão atrapalhou o planejamento dos Mavericks, que já haviam usado a contratação de Jordan para atrair outros agentes livres e decidiram buscar jogadores mais jovens com a ausência do pivô. O brasileiro Marcelinho Huertas foi um dos prejudicados na ocasião – ele já havia acertado com a franquia texana, que voltou atrás. O armador acabou indo parar no Los Angeles Lakers.

Hoje, pouco menos de três anos depois, os jogadores que convenceram Jordan a continuar nos Clippers foram saindo um por um da franquia. O primeiro foi Pierce, que se aposentou ao fim da temporada 2016/2017.

Depois, antes do início da temporada 2017/2018, foi o fim de Paul deixar a franquia. Insatisfeito, ele articulou troca com o Houston Rockets, franquia em que hoje joga. Além dele, Redick virou agente livre e decidiu assinar com o Philadelphia 76ers.

Por fim, foi a vez de Griffin ser trocado. Em transação fechada no dia 29 de janeiro, o ala-pivô foi enviado para o Detroit Pistons, deixando os Clippers sem nenhum representante da comissão montada em 2015.

Com os Clippers em reconstrução, Jordan pode ser o próximo a sair. Segundo rumores que circulam na imprensa americana, o pivô pode ser trocado por um pacote que envolva jovens promissores e escolhas de Draft.