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Brasileiro que jogou com Kobe revela "sim humilde" em pedido ao astro

Jefferson Sobral jogou nos Lakers em 2003, quando conheceu Kobe Bryant - Arquivo Pessoal
Jefferson Sobral jogou nos Lakers em 2003, quando conheceu Kobe Bryant Imagem: Arquivo Pessoal

Talyta Vespa

Do UOL, em São Paulo

01/02/2020 04h00

O ex-jogador brasileiro Jefferson Sobral, que hoje trabalha como pastor em uma igreja evangélica em São Paulo, relembrou momentos especiais ao lado do ídolo Kobe Bryant, morto em um acidente aéreo no domingo (26).

Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Sobral se emociona ao contar o último pedido que fez ao colega, assim que soube que deixaria o time dos Los Angeles Lakers. "Chamei o Kobe de canto e pedi, por favor, que ele jogasse 'um contra um' comigo antes de eu ir embora".

O ex-companheiro de time era dois anos mais velho apenas, mas já era uma estrela global. "Nossa, é triste lembrar disso e saber que ele não está mais aqui. O Kobe, humildemente, topou. Eu era um garoto desconhecido, de 22 anos. Tinha largado algumas roupas e um par de tênis no cantinho da quadra. Quando fiz o pedido, ele me disse: 'Vamos agora, garoto'. Corri, vesti o tênis rapidinho e fui", relembra.

"Óbvio que perdi. Consegui fazer duas cestas, mas tomei uma linda enterrada na cabeça, um toco maravilhoso. Maravilhoso. É o que eu guardo. Foi lindo perder dele". Leia a entrevista na íntegra.

Antes de integrar o elenco dos Lakers, Sobral chegou a treinar informalmente com atletas do Cleveland Cavaliers. Assim como conviveu com outro fenômeno do basquete americano: LeBron James, que, no sábado (25), ultrapassou Kobe e se tornou o terceiro maior pontuador de todos os tempos da NBA.

Mas essa convivência foi pouco antes de o astro chegar à liga, ainda que já fosse visto pela mídia e olheiros como um futuro craque. "Treinei com ele. Era como se eu fosse um 'sparring', por um ano e pouco", afirmou.

"Para mim, Kobe é o maior ídolo do basquete. Ele era bem sério e reservado, não conversava fora de quadra, fugia dos holofotes. Antes de ídolo, era atleta. Imagine eu, brasileiro, menino sem noção? Tentava puxar papo o tempo todo com ele, sugar todo o conhecimento que ele poderia me oferecer. E ele via isso, via que eu me esforçava, por isso não se importava em conversar comigo quando eu me aproximava. Antes de ir embora, ele me disse: 'Boa sorte, menino. Você tem muito potencial e talento. A gente ainda vai se enfrentar muito nas quadras'. Infelizmente, não aconteceu".