Toronto Raptors cogita boicotar jogo dos playoffs após ataque a homem negro
Os atletas do Toronto Raptors, atual campeão da NBA, realizaram nesta terça-feira (25) uma reunião para decidir como responderiam a mais um caso de violência policial contra negros ocorrido nos Estados Unidos. Os jogadores cogitam até mesmo boicotar a partida contra o Boston Celtics, o primeiro duelo válido pelas semifinais da Conferência Lesta da liga nesta quinta.
No último domingo, Jacob Blake foi atingido por sete tiros disparados por policiais na cidade de Kenosha, no estado de Wisconsin. O ataque causou uma nova onda de protestos e criticas à atuação dos oficiais, já que Blake estava desarmado, de costas e perto dos filhos quando foi alvejado. O homem segue internado, mas corre o risco de perder parte dos movimentos.
"Sabíamos que vir aqui ou não ir não iria impedir nada, mas acho que jogar ou não jogar coloca pressão sobre alguém", disse o armador dos Raptors, Fred VanVleet.
O jogador afirmou que o assunto foi discutido entre membros da equipe e que muitas opções de atuação foram colocadas à mesa, mas que não tornaria público.
"Estamos lidando com isso em tempo real e acho que afeta a todos de maneira diferente. Está muito fresco em minha mente e estou sentado na frente de uma câmera, então estou apenas falando enquanto estou falando. Mas, sim, há muitas coisas diferentes que discutimos", afirmou.
O técnico do Boston Celtics, Brad Stevens, contou que a equipe também realizou uma reunião para tratar do ataque a Blake e ressaltou que nenhum atleta manifestou o desejo de não entrar em quadra, mas que o ocorrido causou impacto.
O astro LeBron James também falou nesta terça-feira (25) sobre o ataque sofrido por Jacob Blake.
"Sei que as pessoas se cansam de me ouvir dizer isso. Mas estamos com medo como negros na América. Homens negros, mulheres negras, crianças negras, estamos apavorados", afirmou o jogador do Los Angeles Lakers.
A violência policial contra negros levou à criação do movimento "Black Lives Matter" que tomou as ruas dos Estados Unidos após a morte de George Floyd em maio e ganhou forte apoio dos atletas da NBA. Alguns atletas não concordaram com o retorno da temporada regular da liga para não tirar a atenção da luta por igualdade racial.
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