Draymond Green critica invasão ao Congresso nos EUA: 'Terroristas do c...'
Draymond Green, ala-pivô do Golden State Warriors, se revoltou ao falar sobre a invasão de manifestantes pró-Donald Trump à sede do Congresso dos Estados Unidos ontem. Após a partida contra Los Angeles Clippers, o astro da NBA desabafou durante entrevista coletiva.
O jogador classificou os invasores como "terroristas" e destacou a diferença para o tratamento policial com os protestantes, de maioria branca, em relação ao movimento "Black Lives Matter" nas ruas do país após a morte de George Floyd, em maio do ano passado.
"Isso [diferença] só mostra que o sistema policial foi construído contra os negros e pardos, e é por isso que as reações são diferentes. Essa é a razão pela qual alguém pode andar, correr ou invadir o escritório do presidente da Câmara e colocar os pés na mesa como se estivessem sentados em casa no sofá delas e nada acontecer", disse.
"É vergonhoso chamá-los de manifestantes. Eles não são manifestantes p... nenhuma, são terroristas do c.... Entrar em um prédio e estourar janelas, carregar pódios e todas essas outras coisas, isso não é um protesto, isso é um ataque terrorista", completou.
Outros jogadores do NBA também mencionaram a diferença da atuação da polícia ao comentarem o assunto.
"Você apenas vê o privilégio. Você vê o privilégio na América e é triste ver porque se algum de nós estivesse lá, acho que teria sido gás lacrimogêneo, provavelmente tiros", disse Kawhi Leonard, dos Clippers.
"Isso me lembra o que o Dr. Martin Luther King disse, que existem duas Américas diferentes divididas. Em uma América, você morre dormindo no carro, vendendo cigarros ou brincando no quintal. E então, em outra América, você consegue invadir o Capitólio e sem gás lacrimogêneo, sem prisões em massa, nada disso", lamentou Jaylen Brown, jogador do Boston Celtics.
Na última quarta-feira, tropas da Guarda Nacional precisaram ser mobilizadas em Washington e estados vizinhos depois que manifestantes que apoiam o presidente Donald Trump invadiram a sede do Congresso do país. O protesto aconteceu durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral, que deram vitória a Joe Biden contra Trump nas eleições de 2020. Uma mulher morreu após ser baleada durante as manifestações.
Em declaração, Joe Biden classificou os atos como uma "insurreição", e diversos chefes de Estado pelo mundo se pronunciaram contra as invasões.
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