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Seleção brasileira terá desfalques nos Jogos Pan-Americanos

07/06/2003 21h08

Por Ricardo Westin
Agência Folha
No Rio de Janeiro

O beisebol brasileiro não disputará o Pan-Americano com sua força máxima. O técnico Mitsuyoshi Sato não poderá contar com alguns atletas que atuam no Japão e nos EUA porque não foram liberadores por suas equipes. Só três times autorizaram a liberação.

Para dificultar ainda mais o sonho de conquistar uma inédita medalha, os atletas da seleção só podem treinar durante os fins de semana. Como se trata de um esporte amador, eles têm outras profissões e só podem se dedicar aos treinamentos nas horas vagas.

É o caso de Celso Takashi Nakano, 27, conhecido entre os companheiros de equipe como "doctor". "Sou médico residente. Preciso contar com a colaboração de colegas, que me substituem nos plantões quando preciso jogar."

A equipe brasileira treina no único complexo de beisebol do Brasil, em Ibiúna. Construído por US$ 4 milhões pela multinacional japonesa Yakult, o centro tem cinco campos e é considerado um dos mais modernos do mundo. A partir de julho, no entanto, os atletas treinarão o mês todo.

Os jogadores sabem que as partidas não serão fáceis. A América concentra as maiores potências do esporte: Cuba, EUA, República Dominicana e Venezuela. Mesmo assim, os atletas falam num ambicioso quarto lugar.

"Quem sabe assim, com um bom resultado, o beisebol comece a se tornar popular no Brasil", sonha Job Fugice Júnior, 21, que joga nos Estados Unidos.