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Treinador confia em bom desempenho do Brasil no Mundial

10/09/2003 13h59

Da Redação
Em São Paulo

O beisebol brasileiro retorna à disputa do Mundial após 31 anos. A última vez que o Brasil participou da competição foi em 1972, na Nicarágua, terminando na sétima colocação.

Na edição que será disputada em Cuba, no fim de outubro, a comissão técnica brasileira espera repetir o mesmo desempenho dos Jogos Panamericanos de Santo Domingo, quando conseguiu a melhor colocação da sua história, ficando na quinta posição.

Para o treinador da seleção brasileira, Mitsuyoshi Sato, as dificuldades serão maiores, mas ressaltou que a equipe brasileira tem condições de fazer uma boa campanha e destacou as duas vitórias sobre a forte seleção do Panamá no Panamericano como um bom indicador do alto nível técnico alcançado por sua equipe.

"Vamos dar seqüência aos treinamentos com a mesma garra e dedicação. Não podemos esquecer que desta vez os times asiáticos estarão competindo e isso dificulta ainda mais", esclarece Sato.

Na disputa da Copa do Mundo, o treinador terá a disposição os atletas que atuam no exterior, reforços de peso para a equipe. "Até o início da competição, nove jogadores que atuam no Japão e três nos Estados Unidos se juntarão ao elenco e a tempo para fazer treinamentos", declarou.

O destaque fica para o arremessador Henrique Tamaki, que atua no Hiroshima Carps, um dos principais times da Liga Profissional de beisebol do Japão.

Cuba, que ficou com o ouro nos Jogos Panamericanos de Santo Domingo, mais uma vez desponta como a favorita para a conquista da Copa do Mundo. Tal favoritismo é justificado pela hegemonia cubana representada pelas sete conquistas consecutivas nas últimas edições do torneio.

Apesar de possuir a liga profissional de beisebol mais competitiva do mundo, a seleção dos Estados Unidos não vai para a Copa do Mundo com o mesmo status que, por exemplo, o time de basquete americano, conhecido como "Time dos Sonhos".

Além dos contratos milionários que os atletas assinam com os clubes, que acabam impedindo de eles competirem fora da liga americana, existe o problema do antidoping. Como nos EUA não existem restrições muito rigorosas em relação ao uso de substâncias anabolizantes, muitos atletas que poderiam defender suas seleções em competições como a Copa do Mundo, caso as disputassem, seriam pegos no exame antidoping.