MLB não diminui salários; Red Sox renova com Beckett

Pelo menos uma área não foi afetada pelos efeitos da crise econômica nos Estados Unidos: os salários dos jogadores de beisebol das MLB (liga profissional de beisebol), que continuam no mesmo patamar de antes da crise, assim como a receita das franquias.

Bud Selig, comissário de beisebol, disse que o valor médio dos salários está acima dos US$ 3 milhões, compatível com o momento que se vive dentro da economia nacional e internacional. "A receita não mudou e os salários se mantém praticamente iguais”, confirmou.

A única diminuição se deu no número de torcedores nos estádios, que caiu 6,7% na última tempoarada. Além disso, os donos das franquias não realizaram aumento salarial a não ser os feitos devido a motivos específicos, como os estipulados em contrato.

Dezessete equipes aumentaram os valores pagos aos atletas, inclusive os atuais campeões do New York Yankees, que gastaram um total de US$ 206 milhões, quase seis vezes a folha salarial dos Pittsburgh Pirates.

O maior aumento ficou por conta do Boston Red Sox, somando mais US$ 40 milhões para um total de US$ 162 milhões, segundo maior montante da MLB. A equipe, que venceu os Yankees na estreia da temporada, anunciou que havia chegado a um acordo para a prorrogação do contrato de Josh Beckett.

Com o novo compromisso, o lançador receberá US$ 68 milhões por quatro anos para se revezar com John Lackey, a mais recente aquisição da equipe, Jon Lester e Clay Buchholz. “É difícil se manter na elite sem ter bons jogadores para revezarmos”, disse o gerente geral do time, Theo Epstein.

Beckett, de 29 anos, vai ganhar US$ 12,1 milhões apenas nesta temporada, incluindo um bônus de US$ 5 milhões pela renovação do contrato. Em cada um dos próximos anos, vai embolsar US$ 15,75 milhões.

"Este é um lugar especial, acho que todos aqueles que tiveram a oportunidade de jogar aqui sabem disso. Agora, podemos pensar em fazer coisas boas em cada ida para o monte”, comemorou o jogador.