Australiano arrasa Jones Jr. no primeiro round e estraga planos para 2010

O combate era para ser apenas uma preparação, afinal, o que todos querem ver há 17 anos é uma luta em que Roy Jones Jr. dê a revanche a Bernard Hopkins. No entanto, o norte-americano Jones Jr. foi surpreendido nesta quarta-feira, perdendo por nocaute técnico no primeiro assalto, em sua primeira luta longe dos Estados Unidos.

O ex-campeão em quatro categorias, já de 40 anos, foi a Sydney, na Austrália, para enfrentar o que pensava ser um “modesto” rival, Danny Green, com 28 vitórias e 3 derrotas na carreira. Não foi o que se viu. O norte-americano foi arrasado e não passou do primeiro round.

Com apenas 2 minutos e 2 segundos de luta, o árbitro encerrou o combate, com Jones Jr. sem condições de seguir na disputa.

Um potente golpe de direita no rosto do norte-americano destruiu o visitante, após 1min15s. Foi a primeira queda, que desestabilizou Jones Jr.. A partir daí, ele não conseguiu reagir e, em meio a uma série de golpes do australiano, o nocaute técnico foi decretado.

Este resultado faz com que Green mantenha seu cinturão da Organização Internacional de Boxe (OIB) entre os cruzadores – a entidade não está entre as quatro grandes do boxe.

Esta foi apenas a sexta derrota para o norte-americano, que completou este ano 20 anos de carreira. Em 60 lutas, venceu 54 vezes, sendo 40 por nocaute. “Eu não vou dar desculpas, foi uma grande performance de Danny”, afirmou ele.

“Roy é um dos maiores campeões da história do boxe, eu quase me sinto mal por ter feito isso”, afirmou o australiano, ovacionado pelo público em Sydney. “Ele é uma lenda”. Green conquistou o cinturão da OIB em agosto, com uma vitória sobre o argentino Julio Cesar Dominguez.

O nocaute sobre uma das lendas do boxe ainda faz com que Danny Green seja favorito para enfrentar Bernard Hopkins em 2010. Hopkins esperava poder devolver a derrota sofrida contra Jones Jr. em 1993, mas deverá ter de se contentar com um novo adversário. Isto se ele vencer na noite desta quarta-feira o mexicano Enrique Ornelas, na Filadélfia, e não repetir o "papelão" de seu compatriota.