Vitali Klitschko defende título e tenta derrubar mais um invicto

O ucraniano Vitali Klitschko volta ao ringue neste sábado, após apenas três meses afastado do ringue. Campeão dos pesos pesados pelo Conselho Mundial de Boxe, ele coloca mais uma vez seu cinturão em jogo, contra outra revelação norte-americana. O combate será às 20h (de Brasília), com transmissão da ESPN Brasil em VT, à meia-noite.

Em Berna, capital da Suíça, o rival será mais um lutador dos EUA que vem crescendo, com um cartel invicto. Como aconteceu com Chris Arreola, nocauteado por Vitali em setembro, Kevin Johnson nunca perdeu: são 22 vitórias na carreira, nove delas por nocaute, com um empate. Aos 30 anos, é a primeira chance do lutador de ser campeão – mais uma semelhança com Arreola.

VITALI KLITSCHKO X KEVIN JOHNSON

KLITSCHKO UCRÂNIA Nascimento: 19/07/1971 Profissional: desde 1996 Lutas: 40 Vitórias: 38 Nocautes: 37 Derrotas: 0 Títulos: três, foi campeão pela OMB entre 1999 e 2000, e pelo CMB, em 2004 e desde 2008.

JOHNSON EUA Nascimento: 07/09/1979 Profissional: desde 2003 Lutas: 23 Vitórias: 22 Nocautes: 9 Empates: 1 Títulos mundiais: Nenhum. Invicto, tem a 1ª chance e tenta fazer os EUA ter um campeão novamente

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Desde que voltou de uma aposentadoria por lesão, no fim de 2008, Klitschko retomou seu cinturão dos pesados e fez três defesas, com três nocautes. No entanto, ainda não teve grandes rivais pelo caminho. Uma vitória contra Johnson deve fazer com que o irmão mais velho dos Klitschko se arrisque mais em 2010.

O principal desafio que se espera que Vitali ou seu irmão Wladimir enfrentem no próximo ano é a busca pelo único cinturão entre os quatro grandes que não está na família. Vitali tem o do CMB, enquanto o caçula detém o da Federação Internacional e da Organização Mundial de Boxe.

O rival a ser batido por eles é o britânico David Haye, que tomou o título da Associação Mundial do gigante russo Nikolay Valuev, no último mês, e já fez o desafio de tentar nocautear qualquer um dos irmãos.

A missão do desafiante Kevin Johnson já é recorrente: devolver o título dos pesos pesados, categoria mais tradicional do boxe, aos Estados Unidos, o grande palco da modalidade. “Trazer de volta o cinturão para a América é mais importante do que qualquer outra coisa”, disse ele à ESPN, sobre o domínio dos europeus, principalmente dos países do leste do continente.

“Por todo o século 20, nada era maior do que deter um título dos pesos pesados. Desde que os europeus tomaram os cinturões das principais divisões, perdemos um pouco do apelo. Os Klitschko são um erro, e vou apagar isso. Vou acabar com o Natal deles”, brincou Johnson. O último campeão pelos EUA – por apenas uma luta -, foi Shannon Briggs, que perdeu o título para Sultan Ibragimov.

Klitschko preferiu adotar um discurso mais brando. “Sei que não posso menosprezar Johnson, mas vou manter meu título. Estou em excelente forma e tive uma preparação perfeita para enfrentar Kevin Johnson, um lutador muito perigoso e invicto. Ele é tecnicamente muito melhor que Arreola”, analisou ele, que tem apenas duas derrotas na carreira, a última em 2003.