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Alex de Oliveira estreia no exterior e se diz pronto para faturar cinturão

Alex é um dos principais nomes do país no ringue - Divulgação
Alex é um dos principais nomes do país no ringue Imagem: Divulgação

Maurício Dehò

Em São Paulo

18/12/2009 07h00

Maior esperança do boxe profissional brasileiro atual, Alex de Oliveira começará neste sábado a parte mais importante de sua trilha por um título mundial. O baiano de 24 anos fará sua primeira luta no exterior e estreará como empresariado de Arthur Pellullo, norte-americano que cuidou de grande parte da carreira de Popó, o último campeão pelo Brasil.

Apesar de evitar as comparações com seu conterrâneo baiano, Alex de Oliveira corre atrás do que Popó conquistou. Desde 2007, quando o tetracampeão se aposentou, o Brasil vive uma fase de baixa no pugilismo profissional. Por isso – e pelo talento – a expectativa recaiu sobre ele. Tanto que Pellullo retornou ao Brasil para assinar com o peso supergalo.

A primeira luta de Alex na fora do Brasil, onde disputou suas 16 lutas (todas vitórias, com 12 nocautes), será em Tuxtla Gutierrez, no México. O rival ainda não havia sido anunciado oficialmente, mas, segundo o próprio pugilista, deve ser o  local Giovanni "Ruso" Caro, de cartel modesto: 13 vitórias (11 nocautes), oito derrotas e quatro empates. Caro vem de duas derrotas seguidas, em junho e setembro deste ano.

“Sempre me vi em condições de conseguir grandes lutas. Vou aproveitar todas as oportunidades que surgirem”, afirmou Alex, que tem contrato de cinco anos com Pellullo. “Já me sinto preparado para enfrentar os campeões.”

Ele luta bem, pega forte. Mas no Brasil temos torcida a favor. Quando for para fora, Alex terá de ter cuidado e precisa lutar com raça

Maguila, sobre Alex Olveira

“Meu objetivo todos sabem, é o título mundial, mas vou subir degrau por degrau para chegar lá”, disse o pugilista, mantendo os pés no chão.

Para conseguir vencer e convencer no México, já de olho em lutas maiores, Alex fez treinos duros no Brasil, com sparrings como Adaílton de Jesus, o Precipício. Também baiano, ele soma 24 vitórias e apenas quatro derrotas na carreira, tendo lutado eliminatória para o cinturão mundial dos penas.

Invicto, Alex vem de vitórias importantes, defendendo seu cinturão latino da Organização Mundial de Boxe desde junho de 2008. Foram cinco triunfos desde então, com três nocautes. Mas o desafio só aumenta.

PAVLIK DEFENDE TÍTULOS

Campeão mundial dos médios por duas entidades (CMB e OMB), Kelly Pavlik luta para garantir que merece reinar em sua categoria. Neste sábado, ele defende pela primeira vez os títulos desde que sofreu o primeiro revés na carreira. Ele foi batido por Bernard Hopkins, veterano dos EUA, mas voltou a deter os cinturões em fevereiro. O rival de sábado, em Youngstown (EUA), será Miguel Angel Espino (20 vitórias, duas derrotas e um empate), que fará a sua primeira luta por um título mundial.

“Se ele trabalhar duro, tem condições de ser campeão”, disse Pellullo, no evento de assinatura do contrato, em São Paulo. “Não será fácil, todos querem chegar lá, mas ele tem a habilidade necessária. Ele tem só esta janela de oportunidade. Então, viva direito e trabalhe bem. Se fizer isso terá sucesso, pois tem pegada para nocautear seus rivais.”

Preliminar de combate por título
A luta de Alex de Oliveira, prevista para 12 assaltos, será a principal preliminar de um duelo por título mundial, no México. O campeão dos penas Cristobal Cruz, mexicano, enfrentará Ricardo Castillo, que chega como desafiante.

Cruz conquistou o cinturão em outubro de 2008, quando venceu Orlando Salido por pontos. Desde então, defendeu duas vezes sua posição como campeão do mundo. O lutador tem um cartel de 39 vitórias, 11 derrotas e um empate.