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Michael Oliveira pode ter técnico de Pacquiao para luta de estreia no Brasil

Maurício Dehò

Em São Paulo

07/02/2010 07h00

Enquanto negocia para fazer sua estreia em território nacional, o brasileiro radicado nos Estados Unidos Michael Oliveira tenta reforçar o seu corner, sonhando com um cinturão mundial. E o lutador de 19 anos pode ter um dos maiores nomes da atualidade trabalhando consigo, o técnico Freddie Roach.

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  • Michael enfrentou Eduardo Mercedes e o combate só durou dois assaltos, encerrada com nocaute. Foi a 11ª vitória, em 11 lutas como profissional.

Roach foi responsável por lançar Manny Pacquiao, considerado o melhor pugilista da atualidade em todas as categorias, e ainda treina o filipino. O contato ficou mais próximo na noite desta sexta-feira, quando o empresário de Michael se encontrou com o norte-americano, durante uma programação de boxe em Fort Lauderdale – em uma das lutas, o cubano Guillermo Rigondeaux manteve sua invencibilidade como profissional.

“Conversamos sobre a possibilidade de uma parceria para a luta no Brasil e ele disse que adoraria estar com o Michael. É bem provável que assinemos para ele ser seu técnico”, disse Carlos Oliveira, pai e empresário do pugilista de apenas 19 anos, que já venceu 11 lutas como profissional, com 100% de aproveitamento – foram nove nocautes.10

A empresa de Oliveira negocia em parceria com a Golden Boy Promotions, do lendário Oscar de la Hoya, para trazer uma programação de lutas para o Brasil. A Golden Boy mandou representantes para o país para tentar concretizar os detalhes, que estão próximos de serem fechados. Com a conclusão, será feito um evento com seis lutas, no dia 27 de março, sendo que Michael fará uma das preliminares.

Para o duelo principal ainda não foram divulgados nomes, mas Carlos Oliveira confirmou ao UOL Esporte que Jorge Rodrigo Barrios, argentino ex-campeão do mundo, foi descartado. Ele, que perdeu para Popó em disputa por cinturões, envolveu-se em um acidente de carro com morte e chegou a ser detido, complicando a chance de sua vinda.

Michael vem de uma vitória por nocaute, em combate que curiosamente foi realizado no Haiti. Ele foi convidado para fazer uma espécie de apresentação para as tropas brasileiras e nocauteou Eduardo Mercedes no dia 18 de dezembro, portanto antes da catástrofe que matou milhares de pessoas no país, devido a um terremoto.