Virtuoso, Mayweather se impõe a Mosley e mantém invencibilidade

Apesar de sofrer um ataque perigoso no fim do segundo assalto, Floyd Mayweather Jr. conseguiu dar a volta por cima e impor seu boxe contra Shane Mosley. Neste domingo, o “Pretty Boy” venceu por pontos o compatriota norte-americano para manter sua invencibilidade como pugilista profissional.

Em Las Vegas, diante de uma plateia de famosos, os pugilistas se enfrentaram na categoria meio-médio, mas sem valer o cinturão da AMB de Mosley. Com o resultado após 12 assaltos, Mayweather agora coleciona 41 vitórias, sem nunca ter conhecido o que é derrota.

Na disputa com Manny Pacquiao para ser considerado o melhor pugilista da atualidade, Mayweather conseguiu responder a todos os ataques de Mosley, um lutador com uma forte pegada e cinturões em três divisões de peso.

“Eu queria dar ao fãs o que eles queriam ver”, disse o vencedor, que não conseguiu o nocaute, apesar de dominar a maioria dos rounds. “Se eu tivesse pressionado um pouco mais cedo, teria conseguido derrubá-lo”.

Os golpes de direita na cabeça de do veterano Mosley, 38, castigaram o lutador durante toda a luta. Segundo a Ringside, Mayweather acertou 208 de 477 golpes lançados, contra 92, apenas, de 452 do rival.

O campeão da AMB ainda conseguiu uma bela direita no segundo assalto que levantou o público e balançou Mayweather, mas não foi suficiente. Com velocidade, ele não deu outras chances ao adversário.

“Eu o peguei com minha direita e tentei movê-lo, mas ele estava muito veloz. Eu sabia que tinha de nocauteá-lo, mas não consegui”, lamentou Mosley, em sua sexta derrota na carreira, em 53 combates.

Entre os jurados, dois deram a pontuação de 119 a 109 para Mayweather. O terceiro também concluiu que o norte-americano venceu, com 118 a 110. Com mais esta vitória, Mayweather deve faturar US$ 22,5 milhões, valor que deve aumentar de acordo com a venda de pay-per-views.

PACQUIAO: ‘SE ELE DER O SANGUE...’

Como esperado, Mayweather mais uma vez falou em tom de provocação em relação a Manny Pacquiao, que seria seu rival neste início de ano. Eles devem ter nova negociação para uma luta ainda este ano, mas o norte-americano não abre mão de exames de sangue para o antidoping.

“Se Pacquiao nos der as amostras de sangue e urina para os testes, nós teremos uma luta. Se não, não haverá combate”, disse ele após o triunfo, sobre o encontro mais esperado dos últimos anos.

Pacquiao venceu em março Joshua Clottey, também por pontos. Fora do ringue, o filipino tem se dedicado à campanha para ser deputado de um distrito em seu país. Vencendo ou perdendo o pleito, ele deve voltar ao esporte no fim do ano.