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Campeão mais velho do boxe defende título: '46 anos e sexy, com corpinho de 25'

Recordista, Hopkins faturou o cinturão dos meio-pesados ao vencer Jean Pascal - Ryan Remiorz/AP Photo
Recordista, Hopkins faturou o cinturão dos meio-pesados ao vencer Jean Pascal Imagem: Ryan Remiorz/AP Photo

Do UOL Esporte

Em São Paulo

14/10/2011 12h00

Mesmo aos 46 anos, o veterano pugilista Bernard Hopkins não deixa a desejar quando sobe no ringue, vide seu cinturão dos meio-pesados do Conselho Mundial de Boxe. Ele defende o título neste sábado contra Chad Dawson, nos Estados Unidos, e clama que não é só tecnicamente que ele se mantém jovem.

“Tenho 46 anos e sou sexy, com o corpinho e o sangue de um garoto de 25 anos”, afirmou Hopkins, que bateu o recorde de George Foreman e se tornou o mais velho lutador de boxe a ganhar um título das quatro grandes entidades de boxe.

Em maio, ele bateu Jean Pascal. Ele havia enfrentado o rival em dezembro e empatado, mas na segunda chance lhe tomou o cinturão do CMB, deixando para trás a marca de George Foreman, campeão dos pesados aos 45.

Mesmo com sua conquista, Hopkins não perdeu a vontade de lutar, pelo contrário. Ele quer bater mais uma marca, de Archie Moore, que defendeu seu cinturão até os 48 anos. Para isso, tem de manter o sonho contra Dawson, um ex-campeão.

“Sempre tive a fama de fugir dele, mas agora tenho a oportunidade de provar o contrário”, afirmou ele, à HBO.

“Gosto de pegar esses jovens como Dawson, porque eles costumam representar os maiores riscos para os lutadores de ‘meia idade’. Não quero enfrentar alguém da minha idade, seria uma briga de velhos. Enfrentar alguém que poderia ser meu filho é uma afirmação do que eu represento. Saca essa: ter 40 não é ser velho”, completou, sorrindo.

A carreira de Hopkins data de 1988, totalizando neste mês de outubro 23 anos subindo no ringue. Ex-campeão dos médios, ele teve a façanha de deter todos os quatro cinturões fundamentais do boxe. Depois, ainda comprovou seu talento ao subir para os meio-pesados e bater Pascal.

“Toda luta pode ser a última. O tempo é perigoso. Como atleta, a cada ano que passa você perde algo. Minha vantagem é saber administrar isso”, afirmou.