Esquiva diz que virou profissional para ser rico e foge de luta com o irmão
A carreira de um medalhista de prata nos Jogos Olímpicos tomou outro rumo pouco de um ano depois. O sonho de ser campeão no Rio-2016 ficou para trás, e deu um lugar a outro objetivo: ser rico. Foi este um dos motivos que fez o pugilista Esquiva Falcão deixar o boxe olímpico e assinar contrato para lutar entre os profissionais.
No início, Esquiva relutou a aceitar a possibilidade. A todos que o aconselhavam, pedia um tempo para esperar. Queria esperar sair o Bolsa Pódio, programa do Ministério do Esporte que dá um ‘salário’ a atletas que atendem alguns quesitos básicos e serve como incentivo para os atletas com chances de brigarem por medalha nos Jogos do Rio. O pugilista receberia cerca de R$ 15 mil por mês. Mas cansou de esperar.
“Sinceramente, cansei de esperar. Cheguei a conversar sobre o assunto, e amigos meus me disseram: "vai esperar até quando?". Agora quero focar nos meus novos objetivos e trabalhar muito para ter sucesso. Não sei dizer porque demorou tanto para sair. Os esportes ‘queridinhos’, vôlei, basquete, tênis, atletismo, ficaram na frente, e o meu não saia”, afirmou Esquiva Falcão, em evento que marcou o anúncio de seu contrato com a Top Rank, empresa que também administra a carreira do filipino Manny Pacquiao.
No exterior, especula-se que o salário do pugilista ficará em torno de R$ 4,6 milhões no período de contrato com a Top Rank, além de alguns bônus por luta. Embora ele e a empresa não confirmem, por uma cláusula confidencial, Esquiva admite que tem o sonho de ter uma vida melhor. Mesmo sem ter estreado entre os profissionais, já conseguiu comprar uma casa para ele no Espírito Santos
“Tenho o sonho de ficar rico, meu pai sempre fala que vou ficar milionário. Eu vejo o que eles ganham, tenho sonho de ficar rico e deixar minha família bem. Passei sufoco na vida e na carreira. Esse pouco tempo já comprei minha casa”, completou o atleta, ao UOL Esporte.
No boxe profissional, o pugilista terá um encontro familiar com o irmão Yamaguchi Falcão, que recentemente também migrou do esporte olímpico e assinou com uma empresa rival. Os dois competem nos pesos médios, mas a possibilidade de uma luta entre os dois é completamente descartada.
“Não vamos lutar, não tem como lutar. Se eu ganhar meus dois títulos e ele ganhar dois, está ótimo. Vamos ser iguais aos irmãos Klitschko. Não tem essa de briga entre irmão. Isso é só quando éramos pequenos. A gente brigava muito. Agora, um ajuda o outro, torce pelo outro e pronto. É uma coisa que envolve família”, declarou.
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