US$ 20 milhões: Bolsa de Tyson pra luta sem luvas é alta? Compare valores
O mundo das lutas se encontra sob a expectativa do possível retorno de Mike Tyson aos ringues. O ex-campeão mundial dos pesos pesados lutaria contra o brasileiro Wanderlei Silva em um combate sem luvas, com bolsas pomposas segundo comparação em relação ao último grande evento do boxe, ocorrido antes da pandemia do novo coronavírus. Porém, se comparado ao que o ex-campeão já faturou em seus áureos tempos, o valor é mais baixo.
Em 22 de fevereiro, Tyson Fury e Deontay Wilder saíram cada um com 25 milhões de dólares (R$ 134 milhões na cotação de hoje), além de porcentagem dividida do pay per view arrecadado na disputa do cinturão dos pesados do Conselho Mundial de Boxe.
Para o possível combate com Wand, Tyson embolsaria 20 milhões (R$ 107 milhões) como entrada, contra 10 milhões da lenda brasileira do MMA (R$ 53 mi). Os dois também teriam direito a uma quantia dos direitos televisivos negociados pelo Bare Knuckle, evento que promove o boxe sem luvas.
Os números das bolsas acabaram sendo apresentados por David Feldman, presidente do Bare Knuckle. Wanderlei Silva publicamente se pronunciou e aceitou enfrentar o ex-pugilista, que ainda se mantém calado sobre esta possibilidade e mantém o possível midiático combate apenas no campo especulativo.
"Não recebi nenhuma ligação do Wand ou do Tyson, mas, pelo que sei, essa luta não acontecerá. Tyson está treinando para lutar boxe, e com luvas. É difícil comentar sobre rumores", afirmou Rafael Cordeiro, treinador de Wanderlei e com quem Tyson tem trabalhado boxe nas últimas semanas.
Valores de bolsas de Tyson no auge
A bolsa oferecida, obviamente, possui valores menores em relação à média dos pagamentos recebidos por Tyson durante o auge da carreira, durante a década de 1990. A imprensa americana publica que o pagamento inicial do pugilista durante esta época ficava na média de 20 milhões de dólares, algo acima dos 32 milhões (R$ 160 mi) de acordo com valor corrigido pela inflação.
Embora comparável com o último grande evento de boxe pré-expansão da covid-19 no mundo, o tradicional boxe com luvas se mantém em patamares no pagamento a superestrelas e eventos midiáticos, como seria o encontro entre Wanderlei Silva x Mike Tyson.
Um exemplo é Conor McGregor. Multicampeão do UFC, o irlandês estreou no boxe simplesmente diante de Floyd Mayweather. O lutador de MMA, em um combate também marcado pela atenção midiática, arrecadou 130 milhões de dólares (R$ 700 milhões na cotação de hoje). Na época, Conor ficou US$ 30 milhões (R$ 94 milhões pela cotação do período, em 2017), enquanto Mayweather embolsou os outros US$ 100 milhões (R$ 310 milhões com o valor do dólar na época).
Ainda no campo de combate midiático, Tyson e Wand possuem outro exemplo de como o boxe tradicional possui um potencial de retorno financeiro ainda maior. Tratado como um dos grandes eventos do ano passado, a revanche entre Anthony Joshua x Andy Ruiz movimentou até dinheiro estatal.
Somente para o britânico Joshua, que buscava a revanche depois de surpreendentemente cair para Ruiz, recebeu 60 milhões de dólares (R$ 323 mi) do Governo da Arábia Saudita para encarar o rival no deserto e recuperar quatro cinturões.
O pagamento do então campeão americano, segundo informações da Forbes, ficou na casa dos 9 milhões de dólares (R$ 50 mi). Mesmo com os cinturões e a 'zebra' do primeiro duelo, Ruiz se encontra bem afastado do poder midiático de Wanderlei Silva e, principalmente, Mike Tyson.
Caso aceite o convite ou retorne ao boxe aos 53 anos, Mike Tyson quebraria a aposentadoria de 15 anos. O último ato como pugilista ocorreu em 11 de junho de 2005, na derrota para Kevin McBride, em Washington. A última vitória foi em 22 de fevereiro de 2003 diante de Clifford Etienne.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.