UOL Esporte Ciclismo
 
17/06/2009 - 16h02

Em decisão pioneira, UCI acusa 5 ciclistas de doping a partir de passaportes biológicos

Das agências internacionais
Em Paris (FRA)
O ex-campeão do mundo Igor Astarloa e mais quatro ciclistas foram os cinco primeiros nomes da modalidade a serem acusados de doping devido a anomalias registradas em seus passaportes biológicos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, pela União Ciclística Internacional (UCI).

AFP
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Com isso, a entidade marca uma nova etapa de sua luta contra o doping, sendo pioneira nisso. Anteriormente, o uso de substâncias ilícitas eram provados apenas na detecção de provas da utilização em exames de sangue e urina.

Em um comunicado, a UCI anunciou que serão tomadas medidas contra três ciclistas espanhóis (Astarloa, Rubén Lobato Elvita e Ricardo Serrano) e dois italianos (Pietro Caucchioli e Francesco De Bonis), "por aparente violação do regulamento antidoping, com base nas informações apontadas por seus perfis sanguíneos presentes no passaporte biológico".

Deste modo, a UCI tornou-se a primeira federação que acusa atletas de doping após a análise de variações no perfil hematológico deles. Com apenas três semanas para a Volta da França, é também um recado aos competidores de que haverá grandes restrições para quem for pego.

Devido ao grande número de ciclistas pegos em exames antidoping, o ciclismo foi o primeiro esporte a adotar o passaporte biológico, acompanhando de perto seus atletas e as variações de seus organismos. Uma base de dados registra esta variação e, em caso de resultados anormais, um estudo aprofundado é feito nas amostras.

As federações nacionais é que serão responsáveis por punirem seus atletas. A suspensão pode chegar a quatro anos, mas pode ser diminuída caso haja a confissão do uso de substâncias dopantes.

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