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'Não sei quem está mais nervoso', diz Contador sobre líder Schleck

Alberto Contador (esq.) e Andy Schleck correm lado a lado na 13ª etapa da Volta da França - Joel Saget/AFP
Alberto Contador (esq.) e Andy Schleck correm lado a lado na 13ª etapa da Volta da França Imagem: Joel Saget/AFP

Das agências internacionais

Em Revel (França)

17/07/2010 16h20

Atual segundo colocado geral da Volta da França, o espanhol Alberto Contador, declarou neste sábado, após a 13ª etapa, que o nervosismo tem tomado conta não só dele mesmo, mas também de Andy Schleck, de quem está 31 segundos atrás para alcançar a liderança.

A Volta da França está prestes a chegar aos Pirineus, região montanhosa à oeste do país, onde o nível de dificuldade tende a aumentar e, portanto, nenhum vacilo é permitido para quem pretende disputar o título da mais tradicional corrida do ciclismo mundial.

“Não sei quem está mais nervoso, se Andy ou eu”, admitiu Contador neste sábado, após considerar que fez duas boas etapas – em la Madeleine e Mende – antes de chegar aos Pirineus. “Mas um dia ruim pode vir, e nos Pirineus, com a dureza que apresentam, a questão vai ser mais de não falhar do que tirar segundos de diferença”.

Na etapa da última sexta-feira, que terminou em Mende, Contador conseguiu um arranque final que lhe valeram 10 segundos a menos com relação à Schleck. “Não foram muitos, mas nunca se sabe se eles podem ser decisivos no final. Mas psicologicamente, foi muito bom”, admite o espanhol, atual campeão da Volta da França.

Contador acredita que, para os Pirineus, o que vale é não complicar muito a estratégia. “Minha situação é boa. Se não tiver total clareza, não vou tentarei atacar, porque minha posição diante Andy é boa e não vou arriscar além da conta. Andy deve tentar arriscar mais do que eu na montanha”, antecipou o ciclista.

Para ele, a decisão de toda a Volta se dará nas próximas quatro etapas montanhosas. “Como disse antes de começar o Tour, os Pirineus serão os juízes de toda a corrida. Espero estar bem, porque a cada dia me encontro melhor. Espero aproveitar estas etapas difíceis para tirar a diferença de tempo, e se possível, me colocar à frente de Schleck”.

O ciclista espanhol considera que seu duelo contra Schleck tem sido “bastante equilibrado”. “Um dia um está melhor que o outro e vice-versa. Mas é verdade também que tenho certa tranqüilidade com o contra-relógio de Bordeaux, se eu não conseguir tirar algum tempo de diferença ou se ele se distanciar ainda mais”, concluiu.