Presidente da UCI critica absolvição de Contador, mas ainda estuda ir ao CAS

Após a absolvição de Alberto Contador em uma investigação de doping, na terça-feira, a União Ciclística Internacional, entidade que regulamenta a modalidade, ainda não se posicionou se recorrerá à Corte Arbitral do Esporte. Seu presidente, no entanto, fez duras críticas à Federação Espanhola de Ciclismo, disse que estudará atentamente os novos passos da polêmica, mas espera encerrar o assunto até a próxima Volta da França.

“Eu não acho que o processo possa ter interferências, principalmente quando não se sabe todos os fatos do caso e quando se começa a fazer declarações de cunho puramente político”, disse Pat McQuaid, dirigente principal da UCI.

Tricampeão da Volta da França, Contador deu positivo em teste antidoping durante a sua última conquista no Tour, em 2010. Negando veementemente usar substâncias ilícitas, foi apoiado por figuras como o primeiro ministro espanhol Jose Luis Rodriguez Zapatero.

“Fiquei decepcionado, isso não contribuiu para uma boa imagem da Espanha. Mostra que eles apoiam seus atletas independentemente dos fatos”, completou McQuaid.

Sobre o futuro do caso, o presidente da UCI anunciou que estudará com a Agência Mundial Antidoping (Wada) o que fará. As entidades podem recorrer à Corte Arbitral do Esporte.

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“Temos mais 35 páginas do caso que recebemos da Federação, então vamos discutir com a Wada e temos de estudar isso até chegar uma decisão”, disse o dirigente. O prazo para a apelação é de 30 dias. “Vamos ver o que acontece, mas pode ser que não cheguemos a isso (a apelação). Espero que tudo esteja acertado até a próxima Volta da França, em julho.”

Contador foi pego pelo estimulante clembuterol, mas com um nível bastante baixo da substância no seu sangue. O ciclista alegou que uma carne contaminada ocasionou o resultado positivo em seu antidoping e, absolvido, mantém o título do Tour-2010.