Caso Armstrong pode ser "coisa boa" e ciclismo deve continuar nos Jogos, diz presidente do COI
Os inúmeros casos de doping no ciclismo nos últimos anos e o recente escândalo envolvendo o norte-americano Lance Armstrong não devem abalar a força do esporte no programa olímpico. É o que garante o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que elogia os esforços da União Ciclística Internacional (UCI) para coibir essa prática e diz que seria um erro punir um esporte por causa de um atleta.
Para Rogge, a evidência contra Armstrong é “chocante”, mas será uma “coisa boa” para limpar o esporte. “Não seria justo punir a grande maioria de atletas limpos banindo a UCI dos Jogos Olímpicos e nós acreditamos que há alguns meios dos trapaceiros serem tirados do esporte”, afirmou Rogge, confirme publicado nesta quarta no USA Today.
“Infelizmente o ciclismo tem sido envolvido frequentemente em casos de doping e a UCI sempre esteve na luta contra o doping, sendo um dos primeiros esportes a realizar um número recorde de testes nos ciclistas durante o ano”.
Apesar da demonstração de apoio à UCI, Rogge diz que a próxima versão do Código Mundial Antidoping pode ter punições mais severas, como suspensões por quatro anos e banimento do atleta dos Jogos Olímpicos. O presidente do COI explica que a entidade ainda aguarda reunião do comitê da UCI, nesta sexta-feira, para decidir se Armstrong terá sua medalha de bronze dos Jogos de 2000 retirada.
“Seria prematuro para o COI fazer qualquer comentário antes da UCI dizer o que pretende fazer. É bom, entretanto, ver que todas as partes envolvidas estão trabalhando juntas para resolver essa questão”, afirma Rogge. O COI deverá analisar se o prazo de oito anos após a conquista da medalha, conforme prevê o estatuto da entidade, se aplicará ao caso de Armstrong, para que o ex-ciclista mantenha ou não sua medalha, já que a conquistou há 12 anos.
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