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Imprensa norte-americana compara Armstrong a esportistas "vilões" e ator polêmico

Ex-ciclista Lance Armstrong admitiu o doping em entrevista nos Estados Unidos - AP/Thao Nguyen
Ex-ciclista Lance Armstrong admitiu o doping em entrevista nos Estados Unidos Imagem: AP/Thao Nguyen

Do UOL, em São Paulo

18/01/2013 09h44

Após a entrevista em que admitiu ter usado substâncias proibidas para se tornar um dos ciclistas mais vencedores do mundo, a imprensa norte-americana repercutiu as declarações feitas por Lance Armstrong no programa Oprah's Next Chapter e também questionou como o ex-ciclista será recebido pela sociedade após a confissão em rede nacional.

O jornal norte-americano "USA Today", por exemplo, comparou Armstrong com outros esportistas que decepcionaram seus fãs com traições e envolvimento em crimes e até com estrelas de fora do mundo esportivo.

Com a pergunta "Você consegue perdoar Lance Armstrong?", a publicação compara o ex-ciclista com o golfista Tiger Woods, que perdeu diversos acordos publicitários e foi execrado pela mídia após revelar ter traído sua esposa, e também com o jogador de futebol americano Michael Vick, preso por dois anos por se envolver em rinha de cachorro, entre outros esportistas envolvidos em casos de doping.

Além dos esportistas, o "USA Today" também lembrou os casos do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que teve um caso fora do casamento com Monica Lewinsky em 1998, e do ator Charlie Sheen, sempre envolvido em escândalos com mulher e bebidas, mas ainda assim um dos mais bem pagos de Hollywood. Ambos também foram muito criticados. 

O também norte-americano "The New York Times" questiona a falta de explicações de Armstrong durante a entrevista em que admitiu ter usado o hormônio Eritropoietina, conhecido como EPO, de testosterona e de transfusões de sangue para melhorar seu desempenho.

Fora dos Estados Unidos, a confissão do ex-ciclista também repercutiu e jornais e sites usaram as palavras dopado e mentiroso ao se referirem a Armstrong, campeão sete vezes da volta da França entre 1999 e 2005, todas elas sob efeito do doping.