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OPINIÃO

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76ers, Suns, Celtics e mais: Encerrando as análises e notas do Draft da NBA

Devin Booker, jogador do Phonix Suns, comemorou uma cesta cumprimentando um bebê durante os Playoffs da NBA - Reprodução/Twitter
Devin Booker, jogador do Phonix Suns, comemorou uma cesta cumprimentando um bebê durante os Playoffs da NBA Imagem: Reprodução/Twitter

30/06/2022 20h05

O Draft da NBA - eventual no qual jogadores amadores são selecionados pelos times da liga - foi realizado semana passada, e nós já falamos um pouco a respeito por aqui: tivemos um breve resumo das primeiras escolhas, e depois entramos em detalhes sobre como o brasileiro Gui Santos acabou sendo escolhido pelo atual campeão da NBA, o Golden State Warriors.

Mas agora é hora de fazer uma análise mais completa, então vamos passar por todos os 30 times - sim, todos os 30 - da NBA para palpitar em como cada um se saiu em uma das noites mais importantes do ano. Por questões de espaço, essa coluna vai ser dividida em cinco partes:

Parte I - Segunda, 27/06
Parte II - Terça, 28/06
Parte III - Quarta, 29/06
Parte IV - Quinta, 30/06
Parte V - Sexta, 01/07

Hoje é, portanto, a última parte dessa análise - falando dos times que praticamente não tiveram escolhas,

Lembrando que essa nota é só uma reação instantânea da minha parte, e não deve ser levado tão a sério. E se você está se perguntando porque um site brasileiro está usando o sistema norte-americano de nota - que vai de F até A+ - bem, esse é um daqueles mistérios da vida.

Philadelphia 76ers: B+

N/A

Philly não teve nenhuma escolha de Draft esse ano, mas por um bom motivo: eles trocaram sua escolha (#23, David Roddy) para o Memphis Grizzlies por De'Anthony Melton. E se o valor não foi barato por um reserva, eu preciso admitir que eu adoro essa movimentação para os Sixers: Melton é um encaixe excelente ao lado tanto de Tyrese Maxey como James Harden com sua versatilidade defensiva e ótimo arremesso, e trás algumas características extremamente necessárias para Philadelphia, principalmente defesa de perímetro e rebotes, duas áreas onde a equipe sofreu demais desde a saída de Ben Simmons. O custo de oportunidade - não poder escolher um jogador mais jovem, mais barato e de maior potencial - não é desprezível, mas desde a aquisição de James Harden os Sixers estão correndo contra o relógio para vencer rapidamente, e Melton ajuda demais nesse processo - e, vale lembrar, tem apenas 24 anos e mais dois anos de contrato relativamente barato. Boa aquisição.

Boston Celtics: B

JD Davidson, PG (#53)

Os Celtics, como todos os times dessa coluna, trocaram sua escolha de primeira rodada; no caso, Boston trocou ela em fevereiro como parte do pacote que trouxe Derrick White para a costa leste. E como White foi peça fundamental da arrancada dos Celtics rumo às Finais da NBA, eu acho que eles estão tranquilos com isso.

Davidson, por sua vez, é uma aposta muito válida no fim do Draft: um jogador muito atlético e agressivo atacando a cesta, Davidson é cru demais para contribuir rapidamente (então nem criem esperanças, torcedores dos Celtics), mas tem bastante potencial caso consiga se desenvolver. É uma aposta de baixo risco, alta recompensa em um jogador explosivo que pode render dividendos em alguns anos.

Los Angeles Clippers: C+

Moussa Diabate, PF (#43)

A escolha dos Clippers era a #12 (Jalen Williams), que ficou com OKC por conta da troca por Paul George alguns anos atrás - também difícil reclamar muito dessa, embora faça tempo suficiente para eu não contar na nota do time.

Diabate, por sua vez, é o típico talento para se desenvolver: atlético e com ótimo físico, Diabate é extremamente cru dos dois lados da quadra mas era considerado um talento de loteria um ano atrás. Não vai ajudar no curto prazo, que é o foco dos Clippers, mas ninguém a essa altura ajudaria - especialmente considerando o quão profundo já é esse time. Vale a aposta.

Brooklyn Nets: N/A

A escolha dos Nets era a #17, Tari Eason, que foi para os Rockets na troca de James Harden... uma que NÃO VAI envelhecer bem, já que os Rockets ainda tem duas escolhas de primeira rodada E duas possíveis inversões de escolhas nos próximos anos.

Por outro lado, dificilmente os Nets teriam espaço para uma escolha de Draft; o time tem boa profundidade e teve sucesso recente achando jogadores menos badalados (como David Duke Jr ou Kessler Edwards), então o peso de não ter a escolha fica menor. De todo modo, sem escolha nenhuma E sem um uso direto dessa escolha de primeira rodada como fizeram Celtics e Sixers, fica sem nota.

Utah Jazz: N/A

Uma escolha de fim de primeira rodada (#23, Walker Kessler) não seria o fator a resolver a crise pela qual o Utah Jazz passa; mas, para um time que precisa urgentemente de algum tipo de movimentação ou mudança, faz falta a chance de adquirir um novo jogador jovem para dar alguma perspectiva diferente nos próximos anos. A escolha #23 acabou indo para Memphis na troca por Mike Conley, que fez sentido para o time mas está cobrando seu preço agora.

Phoenix Suns: N/A

A escolha #30 do Draft (Peyton Watson) foi para OKC (claro) na troca de Chris Paul, antes de ir parar em Denver. E, considerando que os Suns abertamente disseram para um jornalista da ESPN recentemente que eles não ligam para o Draft, não me parece que eles se importem com essa ausência - apesar de terem montado 60% do seu time titular através justamente do recrutamento universitário.