Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
E se não der para completar os Estaduais: qual o pior que pode acontecer?
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Não acredito que vou escrever de novo sobre o futebol na pandemia, mas o assunto segue na pauta com a recusa das entidades esportivas em admitir a gravidade do momento. Na sua opinião, o que é pior: ignorar as mortes, aumentar o risco de contaminação e potencialmente matar pessoas ou reduzir à metade os campeonatos estaduais?
No cenário mais extremo, em que não haja espaço no calendário para todas as partidas de Paulista, Carioca, Mineiro etc., qual é o pior que pode acontecer? Perda de receita, rompimento de contratos, dificuldades financeiras? Bem-vindos à realidade de todas as brasileiras e brasileiros desde março de 2020.
Todos estamos fazendo concessões, sofrendo perdas, abrindo mão de coisas. As pessoas estão passando fome, gente. Crianças estão há mais de ano sem escola. Levaremos anos, senão décadas, para reparar os danos causados pelo ciclo vicioso tão familiar a este país já tão desigual: pobreza, falta de acesso à educação, mais pobreza, violência.
Aí vêm nos dizer que o futebol não pode parar? O tiozinho da banca de coco tem de parar, mas a CBF não? A manicure precisa ficar em casa sem renda, mas os times milionários não?
Vale lembrar que a elite das federações e clubes é muito rica. Têm dívidas, claro, mas pagam salários mensais a jogadores e técnicos que passam de um milhão de reais. Por que não podem ajudar a sustentar a economia do futebol para que não sofram justamente os mais frágeis? Não podem ou não querem?
Hoje, pelo menos alguma sensatez voltou a brotar neste universo. Pena que não tenha vindo ainda do mundo da bola: "Seria muito incoerente a gente tomar uma medida tão dura, tão restritiva como essa que estamos tomando no estado e permitir que jogos de outros estados acontecessem aqui em Minas Gerais", disse o secretário de Saúde mineiro, Fábio Baccheretti.
Chegamos ao ponto de aplaudir o óbvio. E de torcer para que a vida não deixe de ser nossa commodity mais valiosa.
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