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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Alicia Klein: O Flamengo sem Arrascaeta é um time normal?

Arrascaeta em ação pelo Flamengo diante do Barcelona-EQU - Staff Images / CONMEBOL
Arrascaeta em ação pelo Flamengo diante do Barcelona-EQU Imagem: Staff Images / CONMEBOL

21/10/2021 16h36

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Não foi a primeira vez que me coloquei esta pergunta, mas ontem ela voltou gritando. A dificuldade de criação do Flamengo quando lhe faltam Arrascaeta e Bruno Henrique não é inesperada, claro. O primeiro é, para mim, o melhor jogador em atividade no Brasil. E BH tinindo não fica fora dos top 5 do país. Talvez top 3.

Aliás, no auge da forma, o Flamengo talvez tenha os três melhores atletas daqui, fechando a lista com Gabigol.

Logo, não é de espantar que sua ausência seja sentida. Não digo só pelo empate contra o ótimo Red Bull Bragantino, em Bragança, a incapacidade de superar o ferrolho infernal do Cuiabá, ou a quase derrota para o Athletico-PR, na Arena da Baixada. Todos resultados normais em suas competições.

Mas estes confrontos deixaram claro que, sem estas "peças", o Flamengo é um time perfeitamente vencível (poucas vezes tive essa sensação em 2019, por exemplo). Ontem, especialmente, uma vez que os outros selecionáveis, Gabigol, Isla, Everton Ribeiro, estavam no gramado, e o que se viu foi um confronto equilibrado.

Um de tantos confrontos equilibrados que o time da Gávea fez neste ano. Claro, ainda que menos acima da média do que antes, a Nação está na final da Libertadores, na semi da Copa do Brasil e perseguindo o líder Galo no Brasileiro. Nada mal.

Vale notar, inclusive, que mesmo com tropeços, e o foco em outras disputas, Flamengo e Palmeiras dificilmente sairão das três ou quatro primeiras posições do Brasileirão. Tamanha ainda é a diferença em relação aos demais.

Os constantes desfalques causados pelas datas Fifa, porém, despejaram luz sobre o óbvio: à parte Jesus, Ceni ou Portaluppi, e mesmo a torcida, forçosamente ausente durante tanto tempo, o maior ponto de desequilíbrio do rubro-negro está - e sempre esteve - dentro de campo.