Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Palmeiras é o maior brasileiro da Libertadores (de todos os tempos)
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Ponto, parágrafo.
Não, não estou embriagada pelos 8 a 1 de ontem. Navarrizada, Veigalizada, Abelizada. Não estou influenciada, apenas, pelos 12 gols marcados em dois jogos. Com o time misto. Pelos sete gols marcados em um tempo, os quatro assinalados em trinta minutos ou os dois golaços de Raphael Veiga. Pelo bicampeonato seguido. Duas Libertadores em 11 meses. Jogando três partidas por semana.
São os números mesmo.
Parece haver certo constrangimento em dizer isso. Em admitir, aceitar, engolir que o Palmeiras (sem Mundial, com Mundial) é o maior campeão brasileiro e o maior no nível intercontinental. É preciso começar a afirmar isso sem poréns. Sem vergonha. Sem dedos.
O Palmeiras está empatado com Santos, São Paulo e Grêmio com o maior número de títulos da Libertadores: 3 (o único destes que pode chegar a 4 nesta temporada). E com o São Paulo no maior número de finais: 6. Depois se descola e desponta sozinho com o maior número de participações (22, Grêmio tem 21), mais jogos (212, Grêmio tem 207), mais gols (404, Grêmio tem 318), mais gols como mandante (237, São Paulo tem 206), mais vitórias no total (119, Grêmio tem 108), maior invencibilidade como visitante (16). Entre todos os sul-americanos que mais marcaram, tem a melhor média: 1,90 gol por partida.
Os dois últimos títulos, aliás, conquistados com aproveitamentos acima da média: 82% (2020) e 77% (2021). O Flamengo foi campeão em 2019 com 61,5% e o River, em 2018, com 64,3%.
É incontestável. E é mérito incontestável da equipe técnica que aí está. Que ajudou a construir um time que muitos chamaram de retranqueiro, limitado, sem repertório. Que atribuiu à sorte e fatores externos uma competência oriunda de trabalho, dedicação e sacrifício. Que foi campeão duas vezes, com excelentes atuações na defesa (já aceitas) e também no ataque (que vão aceitando agora).
Repitam comigo: o Palmeiras é o maior time brasileiro da América do Sul. Por enquanto, claro.
Quem agora não admitir que este Palmeiras é gigante, ofensivo e dominante, sem ressalvas, estará brigando com os números. Não seria inédito, mas seria um pouco embaraçoso.
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