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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Jogaço entre Real e City só teve de ruim o horário

Gabriel Jesus marca segundo gol do Manchester City contra o Real Madrid - REUTERS/Craig Brough
Gabriel Jesus marca segundo gol do Manchester City contra o Real Madrid Imagem: REUTERS/Craig Brough

26/04/2022 18h01

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Como no duelo com outro time inglês, nas quartas de final, o Real Madrid protagonizou mais uma partida cheia de gols. Na primeira semifinal da Champions League: Manchester City 4, Real Madrid 3. Jogaço.

Os espanhóis haviam vencido o Chelsea por 3 a 1 na ida e perdido por 3 a 2 na volta. Nove gols. Já o Manchester City protagonizara um duelo emocionante e retrancado contra o Atlético de Madrid, fazendo 1 a 0 em casa e sofrendo para segurar um 0 a 0 na Espanha, com direito a cenas dignas de Libertadores.

Em mais uma prova de que treinador bom é treinador que se adapta ao adversário, Pep Guardiola apareceu com um City mais agressivo que, logo em 12 minutos, abriu 2 a 0 no placar, com Kevin de Bruyne e Gabriel Jesus.

Jesus, aliás, que junto com Vinícius Jr é o brasileiro com mais participações em gol na Europa hoje: 23 e 32, respectivamente.

Do outro lado tinha Benzema, que ainda no primeiro tempo diminuiu para 2 a 1, com a classe de um centroavante clássico. Suspiros.

Mais suspiros para o jovem Phil Foden, que guardou o seu e ainda perdeu pelo menos duas grandes oportunidades: 3 a 1. Foden.

Vini Jr não perdoou uma falha de Fernandinho, que tinha acabado de fazer o lindo cruzamento que resultara no gol de cabeça de Foden. Avançou e diminuiu, 3 a 2.

O City aproveitou, então, uma vantagem muito bem dada pela arbitragem e Bernardo Silva meteu a bola onde a coruja sleeps.

Como as deusas do futebol estavam animadas, um Real Madrid que parecia abatido ganhou um pênalti faltando dez minutos para o fim, que Benzema converteu com uma cavadinha digna do camisa 9 que ele é. Que homem.

Com seus nove gols na fase eliminatória, o artilheiro francês tem mais tentos individualmente do que outros times inteiros.

Muita trocação, jogo rápido, lá e cá. Altíssima rotação. Preparo físico invejável.

Aos quase 40 minutos do segundo tempo, o primeiro cartão amarelo. Outro nível. Nem as invasões em campo nos acréscimos mancharam a noite inglesa.

O único defeito desta grande semifinal foi o horário inconveniente para a trabalhadora e o trabalhador brasileiros. Todas e todos deveriam poder aproveitar o melhor do futebol mundial, antes de encarar o melhor do futebol dessas bandas, com o início de mais uma rodada da Libertadores.

É o que temos.