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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Os argumentos cansados para tentar diminuir o Palmeiras histórico

Gustavo Scarpa, do Palmeiras, comemora gol diante do Dep. Táchira, pela Libertadores - Marcello Zambrana/AGIF
Gustavo Scarpa, do Palmeiras, comemora gol diante do Dep. Táchira, pela Libertadores Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

25/05/2022 14h28

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As tentativas de adicionar poréns à fase histórica do Palmeiras já cansaram. Envelheceram mal. Aquela recauchutagem que deu ruim.

Ah, mas o futebol era reativo. Não tira tudo que o time pode dar. Agora, melhorou.

Não tem repertório. Só joga de um jeito.

Deu sorte no sorteio. O chaveamento era fácil. Esse grupo é muito fraco, não é medida de nada.

Mas sabem o que é medida? Títulos. Vitórias. Resultados.

Especificamente em Libertadores, Abel Ferreira ostenta o seguinte histórico:

26 jogos
20 vitórias
2 derrotas
81% de aproveitamento
69 gols marcados (média de 2,65/partida)
16 gols sofridos
100% de aproveitamento em mata-mata
2 títulos em 2 edições disputadas

Não tem porém aí.

Jogar bonito é subjetivo. Não paga boleto. Não segura emprego de treinador. Que o diga a dança das cadeiras do futebol brasileiro, que troca de técnico como eu troco de corte de cabelo.

O que o Palmeiras poderia ter feito a mais? Objetivamente? Outros clubes pegaram adversários fáceis e não golearam. Inclusive perderam pontos. O atual bicampeão foi lá e fez o seu. Fez mais que o seu: cravou a melhor campanha. Com o melhor ataque e o melhor saldo. Assinalou dois hat tricks, com Veiga e Scarpa, e um inédito poker (4 gols na mesma partida), com Navarro. De time alternativo.

É difícil enxergar o tamanho da história enquanto a vivemos. Reconhecer a grandeza de um momento enquanto ele ainda não acabou. Mas tentar diminuir o que os números provam também não dá mais.