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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Dorival Júnior, o time B e a importância de ter crédito na praça

Dorival Junior, técnico do Flamengo, durante partida contra o Palmeiras - Marcello Zambrana/AGIF
Dorival Junior, técnico do Flamengo, durante partida contra o Palmeiras Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

22/08/2022 21h11

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O embate com empate entre os dois melhores times do país ontem demonstrou algumas coisas.

A mais óbvia delas: o equilíbrio de forças dos elencos mais ricos do Brasil. Ah, o Flamengo entrou com o time B. Sim, mas também tomou a maior pressão da partida quando já estavam em campo Everton Ribeiro, Pedro, Arrascaeta, Vidal e Gabigol.

E a escolha de Dorival Júnior pelo time reserva é a outra coisa que mais me chama atenção. Do meu ponto de vista, sentada aqui com o computador no colo, longe dos treinamentos, não faz muito sentido.

Se não havia condição de atuar duas vezes na semana com o time completo, pareceria lógico poupar alguns atletas contra o São Paulo, um adversário teoricamente mais fraco do que o Palmeiras. Difícil imaginar mesmo o time B do Flamengo tomando um vareio do tricolor que arriscasse a classificação na Copa do Brasil logo na partida de ida.

Já no Brasileirão, a perda de pontos deixaria - como deixou - o Rubro-negro em situação bastante complicada. Os mesmos nove pontos de distância, agora com uma rodada a menos e sem confronto direto.

Claro, a equipe reserva do Flamengo é possivelmente top 4 ou top 6 do país. Não é, porém, suficiente para ganhar do Palmeiras, em um dia normal.

Com tudo isso, não vi Dorival ser descascado nas redes. Criticado, sim. De leve.

Fico imaginando como teria sido com Paulo Sousa, ou nos tempos de Rogério Ceni.

Acho bom. Quem arruma a casa e vence merece crédito. Merece que a torcida pense: calma, ele tem um plano. Merece, inclusive, a chance de errar com alguma paz.