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Arbitragem brasileira: há esperança ou "agora já foi"?
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O empate entre Palmeiras e Flamengo deu mais pano para a manga com a liberação do áudio do VAR do lance de Vidal e Gustavo Gómez, no finalzinho da partida. O arquivo foi subsequentemente apagado do site da CBF, o que certamente não ajudou com a polêmica.
No vídeo fica claro o empurrão do jogador rubro-negro sobre o zagueiro palmeirense. Para mim, pênalti. Para outros, nem tanto. Mas nem é essa a questão aqui.
O árbitro principal, Ramon Abatti Abel, reinicia a partida com a checagem pelo árbitro de vídeo Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro em andamento. Ramon diz então: "Esquece a cabine, esquece a cabine! Tiro de meta! Pode jogar, Pablo? Ô, Pablo! Agora já foi. Fala para mim, velho!"
"Agora já foi." Fica difícil não interpretar como um, bem… "agora já foi". Desencana. Deixa quieto. Na sequência, o juiz apita o final da partida e pronto. Já foi. O que poderia ter sido um pênalti para o Palmeiras, ou não, nem sequer foi devidamente analisado porque já foi.
A arbitragem do confronto que, aliás, também registrou o gol do Palmeiras na súmula como de Gustavo Scarpa, em vez de Raphael Veiga. Seria mais um erro bobo, não fossem tantos os erros graves.
Ouvi alguns colegas, no domingo, comentarem que Gómez nem reclamou, o que seria prova adicional de se tratar de lance de jogo.
Como assim? Vale a regra ou vale quem fala mais? Achei que o problema era que tinha gente reclamando demais da arbitragem. Ou se não gritar, não leva? Melhor posto, por um amigo do zap: quem não chora não copa?
O nível do apito caiu a ponto de dependermos de confrontar os juízes para ter lances corrigidos? Foi isso que Roger Guedes entendeu ao entrar dentro da cabine do VAR, com Raphael Claus?
Podemos esperar um ponto de virada para a arbitragem brasileira, com mais profissionalismo e menos trapalhadas, ou agora já foi?
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