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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Em quantas rodadas o Flamengo pode alcançar o Palmeiras, realisticamente

Dudu em ação pelo Palmeiras no duelo diante do Flamengo, válido pelo Campeonato Brasileiro - Marcello Zambrana/AGIF
Dudu em ação pelo Palmeiras no duelo diante do Flamengo, válido pelo Campeonato Brasileiro Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

29/08/2022 16h08

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O Flamengo pode perfeitamente vencer o Brasileirão. Nada é impossível, como bem sabe toda pessoa que gosta de futebol. E vive no Brasil.

Elenco não falta. Arrisco até dizer que o time B de Dorival Júnior poderia terminar entre os três primeiros, senão em segundo mesmo.

O problema é que não parece haver tempo hábil para que a consistente equipe de Abel Ferreira perca o suficiente para tornar a tarefa viável.

Ontem foi a primeira vez desde a 15a rodada em que o Flamengo anotou mais pontos que o Palmeiras. Ou seja, precisou de nove jogos para tirar dois pontos. Fazendo uma campanha praticamente impecável.

Mesmo com a dura sequência de agosto, em que enfrentou três vezes o vice-líder do momento, incluindo o próprio Fla e o arquirrival Corinthians (fora de casa), o Alviverde perdeu apenas esse dois pontos.

No campeonato inteiro, em 24 partidas, o líder soma só duas derrotas. Uma delas justamente na estreia. Seriam necessárias, então, pelo menos mais três nas 14 que restam. Além de uma campanha rubro-negra 100%.

Há quem diga que o torneio se decide nos jogos menores, onde os grandes têm obrigação de ganhar e, nem sempre, a concentração necessária para fazê-lo. Os calcanhares de Aquiles acabam sendo os Avaís, Juventudes, Cuiabás, que passam a jogar a vida para se manter na Série A.

Não deixa de ser verdade. O ponto-chave é que a marca principal deste Palmeiras é a constância. Vai bem, vai mal, vai mais ou menos e quase sempre sai com a vitória ou, no mínimo, um empate.

Ademais, na melhor das hipóteses para o Verdão, só restam três partidas no ano fora do Brasileirão. Valem o tri seguido da Libertadores e isso não tem preço. Custarão doses enormes de concentração, mas são três. O resto, daqui até 13 de novembro, é só energia em busca do título que falta a Abel Ferreira.

Será que dá tempo de correr atrás do prejuízo?