Não dá para questionar: os números absurdos do Palmeiras hendecacampeão

O Palmeiras deu show no Allianz Parque, ontem, jogando sem qualquer pressão contra o Fortaleza, com o 11o título brasileiro garantido.

O que se viu na noite fria e molhada da capital paulista foi o mais puro suco da equipe de Abel Ferreira. Aquela a que chamaram de limitada, reativa. Aquela que, faltando ainda três rodadas para o fim do Brasileirão 2022, já marcou 63 gols.

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Aquela que precisa de apenas dez segundos com a bola para metê-la no fundo das redes. Aquela que é letal.

O ídolo improvável Rony deixou dois, o craque Dudu fez um fora o baile e a joia Endrick fechou a conta, assinalando seu primeiro no Allianz, onde claramente se sente muito em casa.

Não há uma só estatística que o Alviverde não lidere com folga. Listo aqui os números do Palmeiras na comparação com o segundo colocado de cada quesito no Brasileirão:

PONTOS

Palmeiras 77

Internacional 64

VITÓRIAS

Palmeiras 22

Flamengo e Fluminense 18

DERROTAS

Palmeiras 2

Internacional 5

(Flamengo e Fluminense têm 10)

GOLS PRÓ

Palmeiras 63

Flamengo 57

GOLS CONTRA

Palmeiras 22

Internacional 31

SALDO DE GOLS

Palmeiras 41

Flamengo 23

APROVEITAMENTO

Palmeiras 73%

Internacional 61%

Além de goleiro menos vazado, Weverton também é o que precisou fazer o menor número de defesas. A zaga palmeirense é a que menos permitiu finalizações contra a sua meta. Como se não bastasse, o xerife dessa área, Gustavo Gómez, é também o maior zagueiro artilheiro da temporada, com 10 gols. Iguala, inclusive, a marca de Júnior Baiano, alcançada em 1999.

Em 71 partidas neste ano, o Palmeiras fez 139 gols: uma média de quase dois por jogo. Quase um ano marcando, em média, dois gols por jogo. Perdendo apenas cinco vezes em onze meses. Repito: cinco derrotas no ano inteiro.

Por um momento, depois das atuações contra Atlético-MG e Athletico, pela Libertadores, quiseram acreditar que a descendente da equipe havia começado. Que não era aquilo tudo.

Sem entrar nas especificidades desses confrontos (expulsões, erros de arbitragem), logo o Palmeiras voltou a mostrar por que, em dois anos, chegou a três semifinais seguidas de Libertadores, vencendo duas, uma Copa do Brasil, um Brasileirão e uns trocados.

Porque domina, porque não se abala, porque praticamente não oscila.

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