Copa do Mundo: quando nada é notícia e tudo é notícia

Faltam três dias para o início da Copa do Mundo. Se você não sabia disso, deve estar vivendo em uma caverna. É impossível escapar ao bombardeio não só da mídia esportiva, como de qualquer canal de comunicação atuando na face do planeta terra.

Marcas de roupas, acessórios, influencers, páginas de política, música, memes, tecnologia, literalmente qualquer coisa. De repente, todo mundo sabe um pouquinho de Copa do Mundo. Todo mundo se importa.

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Overdose.

Estava contando para o meu marido da entrada de Daniel Alves sobre Pedro, no treino da Seleção, dias atrás. Não sei como, mas ele não tinha visto. Ele, sempre objetivo, perguntou: ah, tá, eles ficaram de boa, ou rolou um estresse, deu briga?

Não. O Pedro deu uma mancada, mas o jogo seguiu. Então, por que o furdunço? Porque é o Dani Alves e ele nem deveria estar lá? Talvez. Como deixei bem claro nessa coluna, incluo-me entre as pessoas que discordam de sua ida ao Qatar.

Mas uma entrada desnecessária em treino, cometida por quem quer que seja, em cima de quem quer que seja, assim como um golaço, um sorriso, um aceno, um espirro, tudo no período de Copa do Mundo é notícia. Até o que não é notícia.

É dinheiro demais envolvido para restringir o conteúdo ao tempo de bola rolando. Para quem ama o esporte, um banquete. Para quem não suporta, um suplício.

Quais serão as não-notícias de amanhã? E depois de amanhã?