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Soberba? Preguiça? O que explica o vexame da Argentina contra os sauditas
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Mano do céu. Mano del cielo.
Nossos hermanos inauguraram a zebra no Qatar. Uma das maiores zebras de Copa do Mundo de que me lembro. Antes eles do que nós.
Não mentirei dizendo que previ a improvabilíssima derrota argentina para os sauditas por 2 a 1, mas no meu bolão coloquei os vizinhos passando em segundo do grupo, imaginando que começariam sua jornada aos solavancos. Chegar às oitavas em segundo, aliás, possibilita uma final com o Brasil, se passarmos em primeiro.
Eu imaginava que a pedra no sapato de Messi e companhia seria a Polônia. Mas, para a surpresa de um total de todas as pessoas, foi a Arábia Saudita. Que já perdeu de 5 e de 8, em estreias de Copa. Que só avançou de fase uma vez, em 1994.
Em um primeiro tempo marcado pela bem-sucedida linha de impedimento dos alviverdes, a Argentina parecia um pouco sonolenta. Como se tivessem a impressão — compartilhada por muitos de nós — de que matariam o jogo a qualquer momento. Ah, esse não valeu? A gente faz outro. Mais um anulado? Beleza. Esse também não contou? Daqui a pouco vem mais. Não veio.
O tempo virou e, com ele, os sauditas. Messi inaugurou o placar aos 10 minutos de pênalti, Al Shehri empatou aos 3min, e Al-Dawsari, com um golaço-golaço, fechou o resultado histórico aos 8 do segundo tempo.
Tudo que os argentinos não mostraram de disposição e técnica, os adversários entregaram em disciplina tática e capacidade física. Correram demais, fizeram milagres embaixo da trave, não permitiram grandes chances aos poderosos rivais. Messi não fez nada na etapa final.
E, com isso, desce pelo ralo um recorde e uma invencibilidade de 36 jogos. A Albiceleste não perdia desde julho de 2019, quando foi derrotada pelo Brasil, na semifinal da Copa América.
Ainda acho que a Argentina vai longe na Copa. Mas só se acordar pra vida.
Como colocou o diário Olé: "Un golpe Mundial. Increíble."
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