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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Neymar e Danilo fora da fase de grupos da Copa: é karma que chama?

Neymar sente o tornozelo na estreia do Brasil na Copa do Mundo, contra a Sérvia - Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images
Neymar sente o tornozelo na estreia do Brasil na Copa do Mundo, contra a Sérvia Imagem: Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images

25/11/2022 11h46

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Com entorses nos tornozelos, Neymar e Danilo estão fora da fase de grupos da Copa do Mundo, na melhor das hipóteses.

Parece karma.

Até o diagnóstico é o mesmo: lesão ligamentar. Neymar tem, ainda, um edema ósseo.

Quando Tite convocou Daniel Alves, muita gente não entendeu o barulho de quem discordou da escolha: ain, mas para que tanta revolta por causa de um reserva. Porque, amigas e amigos, em toda edição do Mundial, algum titular se machuca e dá lugar a um colega que não estava nos planos principais.

É sempre assim.

Agora, há duas opções: usar Éder Militão, o zagueiro que começou a carreira como lateral, ou ele mesmo, Dani Alves. O atleta que há anos não encontra uma boa sequência (pergunte à torcida do São Paulo se sentem falta dele) e vinha treinando com o Barcelona B para recuperar a forma, quando foi chamado.

Karma.

Vinte e seis jogadores para chamar e não dava para encontrar nenhum outro lateral de ofício, de fato em atividade?

Karma.

Neymar também tem muito motivo para entrar na lista do karma. Seu histórico com mulheres, a sonegação de impostos, o apoio à extrema-direita.

Karma.

A substituição do craque é menos problemática, ao menos do ponto de vista de opções. Rodrygo seria uma alternativa mais óbvia, ou avançar Paquetá, colocando Fred ou Bruno Guimarães na volância.

Richarlison e Vini Jr. mostraram, ontem, no atropelamento sobre a Sérvia na segunda etapa, que o Brasil não precisa de Neymar. Uma vitória sobre a Suíça praticamente garante a Seleção nas oitavas, então o estrago deve ser limitado. Ainda bem.

Que o karma de alguns não se estenda sobre todos nós.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL