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Na "Bombonera", Argentina tira Holanda no 1o jogo de gente grande da Copa
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A Copa acabou para o Brasil. E a Copa também começou hoje.
Argentina e Holanda fizeram a primeira grande partida do Mundial até aqui e uma das maiores dos tempos recentes. Jogo de gente grande.
Gols bonitos, raça, treta, craques, empate no último minuto, pênaltis, torcida de verdade.
A Holanda foi buscar o que parecia perdido, com uma jogada ensaiada que certamente voltaremos a ver. Uma pintura para quem gosta do futebol planejado, pensado, desenhado.
Ao contrário de outros embates no Qatar, a vontade de vencer nunca deixou o campo, de nenhum dos lados. Até o final da prorrogação, argentinos e holandeses tentavam derrubar o adversário.
Nos pênaltis, começaram como se começa: para o bem ou para o mal, com o craque do time. Van Dijk perdeu. Messi não.
A vontade de vencer era tanta, o clima tão tenso, que teve cartão amarelo durante a disputa de pênaltis.
Emiliano Martinez, La Mano de Dios de 2022, foi o Messi da meta. Mais um ídolo.
Ao outro Martínez, Lautaro, coube selar a passagem da Argentina às semifinais, para enfrentar a Croácia — que nos tirou há pouco e que meteu 3 a 0 na Albiceleste, em 2018.
Da derrota para a Arábia Saudita a uma vitória épica (clichê mesmo, me deixem), que transformou o Lusail Iconic na filial qatari da Bombonera.
São nossos maiores rivais. Nossos vizinhos. Nossos hermanos. Os inimigos que amamos odiar ou odiamos amar.
É difícil torcer pela Argentina, eu sei. Mesmo para quem gosta de Messi. Mas precisamos louvar o tanto que essa gente ama o futebol que a gente ama. O tanto de emoção e brio que só eles trazem ao mundo da bola.
Inveja? Talvez.
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